Em relatório, os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Beatriz Shinye apontam que a postura cautelosa acontece após as ações do Nubank terem subido mais de 50% desde o início do ano, se destacando com um dos dez melhores desempenhos entre os mais de 170 bancos cobertos pela UBS BB.
“Acreditamos que o valor de mercado do Nubank, de aproximadamente US$ 57 bilhões, já reflete todas as suas iniciativas atuais”, destacam os analistas, apontando que embora uma reavaliação adicional significativa possa vir de novas iniciativas, como o lançamento de novos produtos, o banco avalia que estas iniciativas levarão algum tempo para se materializar.
Outro ponto destacado pela casa é o fato de a carteira de empréstimos da Nubank ter se tornado mais cíclica. Os analistas avaliam que o banco costumava ter uma carteira de empréstimos mais segura em comparação com o sistema financeiro brasileiro, mas que o mix de empréstimos da fintech tornou-se mais arriscado do que a do sistema financeiro brasileiro.
“Várias bandeiras amarelas foram levantadas nos últimos trimestres, nos tornando mais negativos em relação à evolução da qualidade dos ativos da fintech (taxa de inadimplência de cartão de crédito no Brasil, parcelas em atraso, empréstimos renegociados, duração de empréstimos pessoais e empréstimos pessoais de maior valor, entre outros”, avaliam no relatório sobre o Nubank.