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BTG diz que ação da Ultrapar (UGPA3) pode disparar 30%, mas não recomenda compra; entenda

Na visão dos analistas, a empresa executou com sucesso a recuperação da Ipiranga

BTG diz que ação da Ultrapar (UGPA3) pode disparar 30%, mas não recomenda compra; entenda
Posto Ipiranga (Foto: Adobe Stock)

Analistas do BTG Pactual disseram, em relatório publicado no último domingo (8), que as ações da Ultrapar (UGPA3) podem chegar a R$ 30,00 nos próximos 12 meses. Isso equivale a uma potencial alta de 30,3% na comparação com o fechamento de sexta-feira (6), quando a ação encerrou o pregão a R$ 23,00. Ainda que o banco estima essa alta para as ações, os analistas possuem recomendação neutra para os ativos da companhia.

A equipe do BTG diz que mantém a recomendação neutra após dizer que as ações da companhia já são negociadas a um preço que reflete os principais potenciais de alta para o papel, o que faz com que o ativo até possa subir para o preço-alvo estipulado, mas seria necessário novos gatilhos e melhorias da empresa.

Por outro lado, os analistas dizem que a empresa está entrando em uma nova fase. Tudo isso após a gestão da companhia executar com sucesso a recuperação da Ipiranga, elevando a Ultragaz a um novo patamar de lucratividade e preparando o cenário para o crescimento voltado para o interior por meio da Ultracargo.

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Os analistas lembram que durante o investor day da companhia, o CEO Marcos Lutz, estimou que a empresa deve apresentar um Retorno sobre o Capital Investido (ROIC, na sigla em inglês) de 20%. Atualmente, o indicador está em 17% e o presidente da companhia não deu uma data definida para estipular quando a empresa deve entregar o ROIC de 20%. Ele disse ainda que não vê urgência para chegar nesse patamar.

“Apesar da falta de urgência, vemos a recentemente anunciada reestruturação da governança das empresas operacionais da Ultrapar como um movimento bem-vindo para tornar a holding mais ágil na avaliação de oportunidades de investimento”, apontam Pedro Soares, Henrique Pérez e Thiago Duarte, que assinam o relatório do BTG.

De modo geral, os analistas dizem que estão gostando do caminho que a Ultrapar está trilhando nesta recuperação. Os especialistas também revelam que reconhecem os esforços feitos nos últimos anos, não apenas nas empresas operacionais, mas também na redução do endividamento da empresa e na refocalização do grupo.

“No entanto, a companhia é negociada a um Preço sobre Lucro (P/L) atual de 13 vezes em 2025, o que parece justo para nós, e até que tenhamos mais confiança de que as iniciativas da Ultrapar (UGPA3) ou novas fusões e aquisições podem suportar o crescimento acelerado dos lucros, permaneceríamos à margem”, dizem Soares, Pérez e Duarte.