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Varejista aprova aumento de capital, apesar da reação negativa do mercado; veja impacto nas ações

Por conta dessa questão, o papel teve um desempenho negativo com queda de 5,49%

Varejista aprova aumento de capital, apesar da reação negativa do mercado; veja impacto nas ações
Fachada da Marisa em São Paulo. (Foto: Werther Santana/ Estadão)

A Marisa (AMAR3) aprovou um aumento do capital social de, no mínimo, R$ 590 milhões e, no máximo, R$ 750 milhões. A iniciativa veio após uma sequência de emissões de notas comerciais que, desde fevereiro, somaram R$ 540 milhões, no intuito de não paralisar a operação da companhia. Com o dinheiro a ser aportado na empresa e uma nova estratégia comercial que mira a classe C, a empresa espera melhorar seus resultados. As duas últimas emissões de notas comerciais (quinta e sexta do grupo) se deram em maio, com R$ 150 milhões, e na terça-feira (11), com mais R$ 50 milhões, ambas com vencimento em 31 de julho. Os prazos apertados indicavam necessidade de capital de giro da companhia em tempos de dificuldade do grupo para obter crédito bancário.

A atual presidente do Conselho de Administração da companhia, Andrea Menezes, disse na última divulgação de resultados da empresa que a varejista usou todo o seu capital de giro em um ano em que houve uma “puxada de freio” dos bancos para com as varejistas na concessão de crédito. Exatamente por isso, a Marisa estudava alterações em sua estrutura de capital, com apoio da família fundadora do negócio, os Goldfarb, que prometeram colocar R$ 195 milhões nesse processo agora aprovado como um aumento de capital de até R$ 750 milhões.

Na mesma divulgação, Menezes afirmou que o não atingimento de metas no quarto trimestre de 2023 fez a empresa repensar seu posicionamento de mercado. O novo CEO, Edson Garcia, foi escolhido, portanto, com o mandato de reposicionar a empresa para o público de mais baixa renda. “Marisa visa público ‘C2’, mas estava posicionada para classes ‘B’ e ‘C1′”, afirmou Garcia a investidores. Segundo a empresa, o aumento de capital de agora tem como finalidade sustentar a otimização da estrutura de capital, a redução de alavancagem e endividamento, bem como a recuperação da geração de caixa e rentabilidade.

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Os acionistas que não exercerem a preferência de subscrever as ações no âmbito do aumento de capital poderão ser diluídos em 88,65% considerando o valor máximo ou até 90,36% considerando o exercício da totalidade dos bônus de subscrição outorgados. Por conta dessa questão, o papel teve um desempenho negativo na terça-feira (11), com queda de 5,49%.