Para o CEO da Weg (WEGE3), Alberto Kuba, o cenário continua desafiador para a indústria nos Estados Unidos, China e Europa, principais economias mundiais. Apesar disso, a companhia tem conseguido avançar, com alta de 9% na receita operacional líquida no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado.
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Em relação ao mercado europeu, o executivo destacou os desafios no setor manufatureiro. Enquanto isso, o consumo segue fraco e a atividade econômica está em desaceleração. Já nos Estados Unidos, a produção industrial apresenta crescimento moderado, com estabilidade nos preços de bens duráveis. Além disso, o mercado de trabalho enfrenta desafios persistentes.
Na China, por sua vez, tem sido registrado um declínio do investimento estrangeiro direto e queda na produção do setor de manufatura. No entanto, a expectativa do executivo é que o pacote aprovado recentemente pelo governo chinês contribua para uma retomada da indústria.
Desindustrialização
Ao ser questionado sobre a perda de espaço de empresas de economias desenvolvidas no setor de motores de baixa tensão, Kuba atribuiu a tendência à desindustrialização do “mundo rico”. Como principais fatores, citou os altos custos com mão de obra e regras trabalhistas rigorosas relacionadas à demissão, já que o segmento é muito dependente de mão de obra braçal.
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O executivo explicou que, para se manterem competitivas, as empresas, principalmente da Europa, são abastecidas com componentes de outros países, como Índia e Ásia, o que aumenta os custos de forma gradativa. “É por isso que muitas companhias estão se desinteressando dos negócios, operando com margens menores e, consequentemente, aportando menos investimentos”, disse.
É por este motivo que a Weg opta pelo mix de fábricas em países mais competitivos em termos de custo, enquanto produz itens de nicho em regiões mais caras, como EUA e Europa, segundo Kuba. “A continuidade dos negócios de motores de baixa tensão acaba tendo mais coerência com o nosso modelo”, avaliou o CEO.