Há cerca de 17 anos, o valor de mercado da Apple (AAPL) era de aproximadamente US$ 80 bilhões. O lançamento do smartphone mais famoso da marca, o iPhone, foi o principal produto responsável por fomentar o crescimento da empresa que hoje possui um valor de mercado de mais de US$ 3,5 trilhões – o que representa R$ 19 trilhões na cotação atual do dólar. Isso quer dizer que os investidores de ações da Apple também viram seu dinheiro valorizar ao longo dos anos.
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Porém, caso um investidor tivesse aplicado o valor de cada iPhone em ações da maçã, quanto isso valeria hoje? Para esse cálculo, será necessário analisar os valores dos smartphones da Apple durante o período analisado. Por isso, a pedido do E-Investidor, o consultor de dados financeiros de mercado Einar Rivero, da Elos Ayta, realizou um levantamento exclusivo para entender melhor essa conta.
É importante lembrar que o iPhone 2G foi o primeiro modelo, lançado em 2007 pelo valor de US$ 499, ou cerca de R$ 970 na época – não comercializado no Brasil. Até hoje, mais de vinte modelos foram recebidos pelos clientes, inclusive o iPhone 16, lançado no início de setembro deste ano por um valor de US$ 799, ou R$ 7.999 no Brasil.
Apesar das atualizações anuais, comprar um modelo novo a cada lançamento pode não ser tão interessante. Isso porque a Apple garante no mínimo cinco anos de atualizações do sistema operacional de todos os modelos. Nesse sentido, um investidor que decidisse investir o valor de cada iPhone em ações da empresa desembolsaria mais de US$ 10 mil durante o período analisado. Contudo, o retorno seria de quase US$ 100,7 mil – ou R$ 548,8 mil – somente em papéis, confira:
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Vale ressaltar que, ao comprar ações de alguma empresa, o investidor se torna sócio dela – ainda que minoritário – e, portanto, possui direito a dividendos. Atualmente, a política de proventos da Apple confere quatro distribuições ao longo do ano. Ou seja, um investidor teria hoje os US$ 100,7 mil mais alguns retornos devido aos dividendos.
Um dos maiores arrependimentos de quase todo investidor, até os grandes como Warren Buffett e Luiz Barsi, é não ter começado a investir mais cedo. Com essa comparação, é possível perceber os motivos. Porém, é essencial que antes de aplicar seu dinheiro, um planejamento financeiro é essencial para definir as melhores estratégias para as suas metas.
Como investir em ações da Apple?
Investir nas ações da Apple é mais simples do que se imagina. Apesar de ser uma empresa americana e, portanto, seus ativos operam na bolsa do País, os brasileiros também podem virar sócios da companhia por meio das Brazilian Depositary Receipts (BDRs).
Os BDRs são ativos que representam ações de companhias internacionais, emitidos e negociados na Bolsa de Valores brasileira, a B3. Eles são uma opção interessante para investidores brasileiros que desejam diversificar em ativos internacionais sem a complexidade de abrir contas no exterior.
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Na prática, este investimento funciona como recibos lastreados em ações estrangeiras, permitindo que os investidores diversifiquem suas carteiras sem precisar lidar com declarações de Imposto de Renda no exterior. Entenda mais nesta matéria.
Para investir, o interessado deve ter uma conta em instituição financeira que possua a comercialização de ações em sua carteira de portfólios. Após criar uma conta e transferir o dinheiro, basta procurar pelo ticker AAPL34 e definir o valor a ser investido. Dessa forma, você já terá uma parte das ações da Apple.