- O banco reservou US$ 1,21 bilhão no trimestre para cobrir possíveis perdas com empréstimos, em comparação com um valor de US$ 787 milhões no ano anterior
- Ainda assim, os resultados trimestrais vieram acima da expectativa. O lucro por ação de US$ 1,23 ficou acima do visto no ano passado, de US$ 0,91 e maior do que o estimado, de US$ 1.13
- Às 11h45, os papéis caíam 0,83%, cotados a US$ 39,34 em Nova York.
O Wells Fargo & Co (WFCO34) registrou alta no lucro de 32% no primeiro trimestre de 2023, para US$ 4,99 bilhões, em comparação com o mesmo período de 2022. O faturamento com pagamentos de taxas de juros auxiliou nos resultados, mas as provisões do banco para um período mais fraco no próximo trimestre desanimou os investidores. Às 11h45, os papéis caíam 0,83%, cotados a US$ 39,34 em Nova York.
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O banco reservou US$ 1,21 bilhão no trimestre para cobrir possíveis perdas com empréstimos, em comparação com um valor de US$ 787 milhões no ano anterior.
Ainda assim, os resultados trimestrais vieram acima da expectativa. O lucro por ação de US$ 1,23 ficou acima do visto no ano passado, de US$ 0,91 e maior do que o estimado, de US$ 1.13.
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Para William Castro Alves, Estrategista-Chefe da Avenue Securities, o banco já está se preparando para uma possível recessão nos EUA.
“O banco elevou suas provisões para perdas de crédito de US$ 787 milhões em 2022 para US$ 1.2 bilhões em 2023 – a provisão incluiu um aumento de US$ 643 milhões para perdas potenciais relacionadas a imóveis comerciais, cartões de crédito e empréstimos para automóveis, já antevendo uma desaceleração ou potencial recessão na economia americana”, disse.
Outro aspecto que preocupou os investidores foi que, apesar que a receita de juros subiu, o Wells Fargo disse que a receita não relacionada a juros diminuiu 13% no trimestre, impulsionada por menores números na área de private equity, venture capital e com declínio na receita de hipotecas.
“O Wells Fargo já foi o maior banco no segmento de hipotecas, mas vem reduzindo sua exposição a esse segmento e recentemente, demitiu centenas de funcionários de sua divisão de financiamento imobiliário como parte de uma ampla rodada de cortes decorrentes de mudanças estratégicas do banco”, destacou Alves.
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A quebra do Silicon Valley Bank e do Signature Bank danificaram fortemente a estrutura de grande parte dos bancos americanos, incluindo o Wells Fargo.
O Wells Fargo contribuiu com US$ 5 bilhões como parte de um grupo de grandes que injetou um total de US$ 30 bilhões em depósitos no First Republic Bank em março, para tentar salvar a instituição financeira durante a crise bancária.