A Wise US, subsidiária americana da Wise, foi multada em US$ 4,2 milhões por autoridades dos Estados Unidos por falhas em seu programa de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. A decisão, publicada em 9 de julho, envolveu órgãos reguladores da Califórnia, Minnesota, Nebraska, Nova York, Texas e Massachusetts.
Em nota enviada ao E-Investidor, a empresa destacou que leva “muito a sério” a responsabilidade de oferecer um serviço seguro aos seus clientes. “Entre julho de 2022 e setembro de 2023, a Multi-State MSB Examination Taskforce (MMET) – Força-Tarefa de Auditoria Multiestadual de Empresas de Serviços Monetários – realizou uma auditoria de rotina na Wise US. Colaboramos integralmente com os reguladores para implementar suas recomendações”, disse.
“À medida que continuamos a construir a melhor forma de movimentar e gerenciar o dinheiro globalmente, seguimos investindo significativamente em nosso sistema de compliance e controles, garantindo uma experiência segura, confiável e conveniente para nossos clientes”, acrescentou.
Além de pagar a multa, a empresa deverá adotar várias medidas para corrigir falhas nos seus controles internos. Em até 90 dias após a decisão entrar em vigor, a Wise US terá de revisar e ajustar seus sistemas para identificar atividades suspeitas, além de melhorar os procedimentos sobre contas encerradas pela própria empresa, de modo a permitir o envio de um Relatório de Atividade Suspeita (SAR) caso riscos sejam identificados.
A companhia também deverá garantir profissionais e recursos suficientes para lidar com o volume e a complexidade dos alertas de casos, assegurando o envio dos SARs. Além disso, precisará melhorar seus sistemas de dados sobre as contas dos clientes.
A Wise US ainda deverá realizar uma análise retrospectiva de contas encerradas anteriormente. Em até 30 dias após a conclusão dessa revisão, a empresa terá de compartilhar os resultados com os reguladores estaduais americanos.
Junto a esses esforços, outra exigência é que a Wise US contrate uma terceira parte independente para verificar se as correções nos sistemas de segurança foram implementadas. Por dois anos, a empresa também deverá enviará relatórios trimestrais de progresso, por escrito, aos reguladores dos Estados Unidos.