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XP: proposta da Maha Energy para venda de ativos da 3R Petroleum é positiva

Operação conhecida como carve-out deve ajudar também a PetroReconcavo

XP: proposta da Maha Energy para venda de ativos da 3R Petroleum é positiva
Foto: 3R Petroleum

A XP considera que a proposta da Maha Energy (MAHA-A) (acionistas que têm 5% da 3R Petroleum) de vender ativos que a 3R Petroleum (RRRP3) possui em terra (onshore) para a PetroReconcavo (RECV3) – operação conhecida como carve-out – deve ajudar as teses de investimentos de ambas as empresas, mesmo se o negócio não for adiante, por “lançar luz” sobre o grande potencial das juniores e as oportunidades do ativo.

“Acreditamos que esse possível acordo ocorre em um momento em que as ações de ambas as empresas estão subvalorizadas e quando, a julgar por nossas interações com os clientes, o interesse nas duas empresas está diminuindo. Portanto, mesmo que esse acordo não avance, acreditamos que ele lança luz sobre o potencial de consolidação e sobre o preço baixo das ações de ambas as empresas, o que deve ajudar os dois casos de investimento”, afirmam os analistas André Vidal e Helena Kelm, em relatório enviado a clientes.

A corretora destaca que tanto a 3R quanto a PetroReconcavo estão sendo negociadas atualmente com um desconto significativo em relação ao setor, visto que as duas estão 45% abaixo de suas máximas históricas. Assim, a potencial entidade combinada possuiria atributos que poderiam desencadear uma reavaliação, por exemplo: um portfólio diversificado; modelo de negócios verticalizado com amplo acesso a plataformas e infraestrutura; melhoria nos preços de negociação de petróleo com volumes maiores; e aumento na liquidez de negociação.

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Segundo Vidal e Kelm, caso haja uma fusão de ativos onshore das companhias, a estimativa de ganho para os acionistas da 3R é de aproximadamente 29% e para os da PetroReconcavo, de 18%. Os analistas dizem ainda que o valor do equity da “Nova RECV” seria igual ao valor de mercado da PetroReconcavo atual, mais o valor teórico da 3R Onshore e as sinergias.

“Não temos uma visão clara do valor potencial para sinergias neste estágio, mas assumindo uma base conservadora sobre a estimativa de Maha, trazendo o total para R$ 3 bilhões, e considerando que os atuais acionistas da 3R possuiriam não apenas ações da Nova RECV, mas também ações da 3R offshore, vemos um potencial upside de cerca 29% sob essas premissas. Quanto à RECV, a vantagem também é significativa, embora um pouco menor, de 18%.

Se assumirmos um valor de cerca de US$ 300 milhões para os ativos de Mid & Downstream da 3R, e considerando a proporção de ações na Nova RECV, o EV/2P Onshore ‘puro’ da 3R nesse conjunto de suposições seria de 6,3 vezes (desconto de 14% para o EV/2P da RECV)”, complementa a XP.