XP analisa resultados do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3). Confira

Do lado positivo, houve melhora da rentabilidade, enquanto do negativo o prejuízo permanece pressionado devido à alta alavancagem e por contingências relacionadas ao Hiper.

A receita líquida cresceu 7% ante o quarto trimestre de 2022, apoiada pela expansão (+61 novas lojas abertas em 2023) e pelo sólido desempenho de vendas mesmas lojas (+4,3%), apesar das tendências de deflação alimentar, com destaque para os formatos de proximidade (+5,6%) e o Pão de Açúcar (+4,2%), que se beneficiaram de melhoras operacionais.

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Em termos de rentabilidade, a margem bruta foi novamente o destaque, com um aumento de 3,1 pontos porcentuais ante base anual, impulsionada por melhores condições comerciais, redução da quebra de produtos e menores custos logísticos. Assim, a margem Ebitda ajustada subiu 2,9 pontos porcentuais ano contra ano, ligeiramente afetada por despesas de vendas mais altas.

Por fim, o prejuízo líquido das operações continuadas somou R$ 87 milhões, ainda pressionado pelas despesas financeiras, enquanto o fluxo de caixa livre para a empresa (FCF) foi positivo em R$ 1 bilhão, principalmente em fornecedores e estoques.

“É interessante notar que: as contingências relacionadas ao fechamento de lojas do formato Hiper continuam afetando o resultado final das operações descontinuadas; a empresa registrou ganhos de participação de mercado pelo 5º trimestre consecutivo; o GPA reportou sua disponibilidade de produtos em 95%; a empresa espera continuar se beneficiando de melhores negociações com fornecedores, otimização de despesas, melhor estratégia promocional e sortimento; e o GPA observou que a rentabilidade das lojas de proximidade abertas em 2022 e 2023 já é melhor em comparação com as mais antigas”, afirmam os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday, e Laryssa Sumer.

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