A quinta-feira começa com as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York subindo mais uma vez. Vale notar, porém, que esse cenário se contrapõe às últimas horas de negociações, quando quedas foram registradas em diversos mercados acionários mundo afora –as ações da Nvidia, por exemplo, que chegaram a despencar mais de 8% no pré-mercado americano, já reduziram as perdas a menos de 2%. Se por um lado, a receita da gigante da Inteligência Artificial mais do que dobrou durante o trimestre, para US$ 30 bilhões, sugerindo que a demanda continua forte, por outro lado ela também divulgou um guidance (projeções)de vendas um tanto quanto decepcionante para os próximos trimestres(pelo menos na visão dos investidores).
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Em outros mercados, o dólar se estabiliza frente às demais moedas, depois da alta da véspera, os rendimentos dos Treasuries recuam levemente, os contratos futuros do petróleo operam de lado, após dois dias de quedas fortes, refletindo a redução dos estoques americanos e a interrupção na oferta da Líbia, enquanto os preços futuros do minério de ferro subiram em Singapura e se recuperaram da baixa do dia anterior.
Amparados pelo viés positivo vindo do exterior, em conjunto com o desempenho das principais commodities para o Ibovespa, a tendência é que os ativos locais sigam em alta nesta sessão –mesmo após sucessivas máximas históricas da nossa bolsa. Como direcionadores locais, após a confirmação da nomeação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central, ficam as dúvidas quanto a possibilidade de elevação da Selic, dada a desancoragem das expectativas de inflação. Além disso, a terceira prévia para a próxima composição do Ibovespa confirmou a exclusão das ações da Dexco (DXCO3) e a inclusão de Auren Energia (AURE3), Caixa Seguridade (CXSE3) e Santos Brasil (STBP3)
Agenda econômica
Brasil
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou o IGP-M de agosto logo cedo (8h), que desacelerou a 0,29%, contra estimativa de 0,45% e 0,61% em julho. Entre os eventos do dia, o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa do jantar debate CNN Talks Economia Caminhos para o Crescimento (18h15).
EUA
Destaque para a segunda leitura do PIB no segundo trimestre e pedidos semanais de auxílio-desemprego (9h30).
Europa
O índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, subiu de 96 em julho (dado revisado) para 96,6 em agosto, segundo pesquisa da Comissão Europeia, contrariando a expectativa de recuo a 95,7. Apenas a confiança do consumidor caiu de -13,0 em julho para -13,5 em agosto, ligeiramente abaixo da leitura preliminar (-13,4). A confiança da indústria, por outro lado, avançou de -10,4 para -9,7.
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