Após uma nova reviravolta na corrida eleitoral americana, com a desistência oficial de Joe Biden à sua candidatura, a semana começa positiva para a maioria dos mercados internacionais. As principais bolsas europeias se recuperam da pior semana deste ano, e os índices futuros em Nova York apontam para novas altas – ao que tudo indica, o evento diminuiu o favoritismo Republicano, que alavancou os chamados “Trump trades” nos últimos dias. Ainda assim, o cenário continua incerto e os Democratas agora precisam se unir em torno de um novo candidato, poucas semanas antes da convenção. Bill e Hillary Clinton, e George Soros, por exemplo, apoiaram a atual vice-presidente Kamala Harris, mas alguns democratas querem uma convenção aberta para decidir quem se candidatará pelo partido.
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Em outros mercados, o dólar tem leve baixa após duas altas seguidas, os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa americana) recuam, os contratos futuros do petróleo operam de lado após caírem quase 3% na sexta-feira, com incêndios florestais no Canadá ameaçando parte da produção global, enquanto os preços futuros do minério de ferro recuam, apesar do suporte oferecido pelo corte de juros surpreendente da China. O governo local procura apoiar o crescimento após a falta de medidas de curto prazo na importante reunião do Partido Comunista, que ajudou a derrubar os preços dos metais básicos na semana passada.
Essa melhora no humor global, somada ao detalhamento do bloqueio de R$ 15 bilhões para cumprimento do arcabouço fiscal neste ano, deve animar os investidores locais nesta segunda-feira, sem maiores direcionadores econômicos por aqui.+
Agenda econômica
Brasil
EUA
Europa
Na quarta-feira (24), na Alemanha, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, preside sessão de conferênciado BCE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre desafios para políticas monetária e fiscal, além de serem informadas as leituras de índices de gerentes de compras (PMI).
China
O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou uma inesperada redução das taxas de juros de referência do país: a taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 5 anos caiu de 3,95% para 3,85% ao ano, enquanto a taxa de referência de 1 ano foi reduzida de 3,45% para 3,35% ao ano. O PBoC havia alterado as taxas de referências pela última vez em fevereiro, quando a LPR de 5 anos foi reduzida de 4,2% para 3,95% ao ano. Já a taxa de 1 ano não mudava desde agosto do ano passado, quando caiu de 3,55% para 3,45%.
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