O mês de março começa com as bolsas europeias em alta, reagindo a indicadores econômicos acima das previsões na região. Em Nova York, mesmo com queda nos juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), os índices futuros das bolsas perdem força, com realização de lucros.
Na véspera, a leitura do índice de preços sobre o consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) de janeiro, dentro da previsão, somada aos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense) não alteraram a expectativa de que o órgão não deve dar início ao corte de juros pelo menos até junho.
O dólar oscila perto da estabilidade frente as demais divisas, os contratos futuros do petróleo operam em alta, enquanto os preços futuros do minério de ferro registraram perdas de 1,75% na madrugada em Dalian, cotados ao equivalente à US$ 121,23 por tonelada.
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No Brasil, sem referencial externo, os negócios devem ser balizados pelo resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, embora o desempenho das commodities imponha uma pressão adicional para a abertura.
Agenda econômica
Brasil: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o PIB do quarto trimestre e o acumulado em 2023 (9h). É esperada estabilidade no quarto trimestre e crescimento de 3% em 2023.
Entre os eventos, o Banco Central (BC) faz leilão de até 16 mil contratos de swap cambial de 2 de maio, equivalentes a US$ 800 milhões (11h30), o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, faz palestra em evento (9h30).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, no gabinete da pasta em São Paulo (11h) e participa de reunião extraordinária virtual do Conselho Monetário Nacional (15h).
EUA: Destaque para as leituras de índices de gerentes de compras (PMI) industrial da S&P Global (11h45) e ISM (12h), além do índice de sentimento do consumidor em fevereiro e das expectativas de inflação para um e cinco anos (12h). Três dirigentes do Fed falam em eventos: Christopher Waller, diretor (12h15), Raphael Bostic, da regional de Atlanta (14h15) e Adriana Kugler, diretora (17h30).
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Europa: A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro desacelerou para 2,6% em fevereiro, ante 2,8% em janeiro, segundo dados preliminares divulgados hoje.
A prévia do CPI de fevereiro, no entanto, ficou um pouco acima da expectativa de 2,5%. Já o núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve acréscimo de 3,1% em fevereiro ante igual mês do ano passado, perdendo força em relação ao ganho anual de 3,3% de janeiro, contra o consenso de 2,9%.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro caiu marginalmente entre janeiro e fevereiro, de 46,6 para 46,5, segundo pesquisa final divulgada hoje pela S&P Global.
A leitura definitiva de fevereiro, no entanto, ficou acima da estimativa preliminar e da previsão de 46,1 em ambos os casos
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