
Ouça aqui a abertura de mercado no Spotify
Após seis dias consecutivos de ganhos e depois do rebaixamento da nota de crédito americana pela Moody’s, os índices futuros de Nova York sugerem alguma realização de lucros por lá nesta terça-feira. Importa dizer que embora os ativos venham se recuperando nas últimas semanas nos Estados Unidos, duas autoridades do Federal Reserve System (Fed) disseram ontem que adotariam uma abordagem de esperar para ver antes de cortar as taxas –o que, em tese, pode reduzir um pouco do ímpeto dos mercados daqui em diante.
Alternativamente, animando outras geografias, os bancos chineses reduziram suas taxas de juros de referência pela primeira vez em sete meses, sugerindo um esforço da segunda maior economia do mundo em acelerar o crescimento, mesmo em meio aos debates tarifários em curso.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Em outros mercados, o dólar ronda a estabilidade ante a maioria das moedas, os rendimentos dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano, os Treasuries, também têm variação discreta, os contratos futuros do petróleo operam estáveis, mesmo depois que líder iraniano lançou dúvidas sobre negociações com os Estados Unidos, enquanto os preços futuros do minério de ferro subiram 0,28% na madrugada na Bolsa de Dalian, na China, cotados ao equivalente a US$ 100,48 por tonelada.
Essa falta de fôlego em Nova York, somada a uma relativa fraqueza das principais commodities (produtos primários) para o Ibovespa, deve limitar o apetite dos investidores por aqui. Ainda assim, a notícia de que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encaminhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva as medidas para viabilizar o cumprimento da meta de resultado primário de 2025 pode culminar em algum alívio nas taxas de juros futuras –mas, segundo o Ministro, as propostas serão divulgadas somente na quinta-feira, junto com o relatório bimestral de receitas e despesas.
Confira todos os vídeos e podcasts diários produzidos pela Ágora Investimentos
Agenda econômica
Brasil
A segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de maio (8h) é o único indicador previsto. Entre os eventos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de abertura oficial da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios (9h30) e o Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reúne-se com os Senadores para discutir sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da autonomia (12h).
EUA
Destaque apenas para os discursos de sete dirigentes do Fed: Thomas Barkin, de Richmond (10h), Raphael Bostic, de Atlanta (10h e 20h), Susan Collins, de Boston (10h30), Alberto Musalem, de St Louis (14h), Adriana Kugler (18h), Beth Hammack, de Cleveland (20h) e Mary Daly, de São Francisco (20h).
Europa
Será publicado o índice de confiança do consumidor da zona do euro (11h). Mais cedo, o índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha recuou 0,9% em abril, na comparação com o mesmo mês de 2024, mais negativo do que a expectativa de redução de 0,5%. Na comparação mensal, o PPI alemão caiu 0,6%, enquanto a previsão era de queda de 0,4%.
China
O Banco do Povo (PBoC) reduziu suas taxas de empréstimo em 0,10 ponto percentual, com a taxa de juros de referência chinesa, a LPR, de 1 ano indo para 3% e a de 5 anos para 3,5%
Publicidade