A volta de feriado é positiva para a maioria dos mercados internacionais, mesmo depois que o S&P 500 e o Dow Jones (ambos acompanham as ações de empresas de grande tamanho dos EUA) renovaram máximas históricas na última quinta-feira (28), com os índices futuros de Nova York iniciando o segundo trimestre do ano com ganhos moderados, enquanto o dólar oscila perto da estabilidade frente outras moedas relevantes –os mercados europeus permanecem fechados nesta segunda-feira (1º), no entanto.
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Ao que tudo indica, os investidores se ajustam hoje aos dados da inflação americana e ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, ambos na sexta-feira (29), trazendo sinais melhores que o previsto. Por exemplo, o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), que é a métrica de inflação favorita do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para a sua tomada de decisão, avançou 0,3% em fevereiro ante janeiro, abaixo da previsão de alta de 0,4%, enquanto seu núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% no mesmo período, em linha com a projeção, alimentando esperanças de que o Fed deve começar a reduzir juros a partir de junho.
O próprio presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o trabalho para reduzir a inflação por lá não está concluído, mas destacou que o índice de preços de gastos com consumo de fevereiro já indica um “verdadeiro progresso” ao alcançar o menor nível em quase três anos. Para além das bolsas, os contratos futuros do petróleo recuam, após tendência positiva do primeiro trimestre, enquanto os preços futuros do minério de ferro registraram alta de 2,61% na China.
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Por aqui, o tom positivo lá fora deve estimular a tomada de risco também, favorecendo o desempenho dos ativos locais. Entre os direcionadores, a semana deve ser mais esvaziada do ponto de vista político, embora a Ministra do Planejamento, Simone Tebet, tenha afirmado estar otimista com a meta de zerar o déficit fiscal neste ano -“até mais otimista” do que estava no ano passado, segundo comentou em entrevista à CNN Brasil.
Agenda econômica 01/04:
Brasil: Hoje serão divulgados o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de março (8h) e os índices dos gerentes de compras (PMIs, dados de atividade econômica) industrial (10h). Entre os eventos, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com os Ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira, de Minas e Energia (15h).
Nos próximos dias, estão programados o boletim Focus, amanhã, a produção industrial de fevereiro e o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) de março, na quarta-feira (3), o fluxo cambial, a balança comercial em março, o saldo da conta corrente e o Investimentos Diretos no País (IDP) de fevereiro, na quinta-feira (4) e, finalmente, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de abril e os dados do setor público consolidado em fevereiro, saem na sexta-feira (5).
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EUA: Os dados de emprego no setor privado em março serão publicados na quarta-feira (3), e o relatório oficial do mercado de trabalho, o payroll, na sexta-feira (5). Nesta segunda, estão programados os PMIsindustrial em março (10h45 e 11h), os dados sobre investimentos em construção em fevereiro (11h) e a diretora do Fed, Lisa Cook, discursa em evento (19h50).
Europa: Amanhã, saem os PMIs industrial de março de Alemanha, zona do euro e Reino Unido, além da prévia de março da inflação ao consumidor da Alemanha.
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