Após as altas generalizadas na véspera, a sexta-feira (20) começa com as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York em queda –mas S&P 500 futuro, por exemplo, cai depois de fechar em nível recorde ontem, em reação ao ousado o movimento do Fed, que aparentemente elevou a confiança de que a maior economia do mundo passará por um pouso suave. É válido notar que hoje ocorre um vencimento triplo de contratos de derivativos vinculados a ações, opções de índice e futuros nos Estados Unidos (conhecido como Triple Witching), que potencialmente amplificará os volumes e os movimentos do mercado.
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Em outros mercados, o dólar avança frente a maioria das moedas, os rendimentos dos Treasuries têm leve alta, os contratos futuros do petróleo recuam, mas ainda seguem para o maior avanço semanal desde fevereiro, em um possível reflexo das tensões latentes no Oriente Médio, enquanto os preços futuros do minério de ferro encerraram o dia em leve alta de 0,15% em Dalian, cotados ao equivalente à US$ 96,21 a tonelada, depois da notícia de que a China estudaria remover algumas das maiores restrições restantes às compras de imóveis, especialmente porque as medidas anteriores não conseguiram reavivar o mercado imobiliário do país.
Essa dicotomia entre o desempenho dos mercados acionários e o das principais commodities deveria limitar os ânimos dos investidores locais, podendo resultar no quarto pregão seguido de quedas para o Ibovespa –sem mencionar o vencimento de opções sobre ações na B3, que deve contribuir como um fator adicional de volatilidade hoje.
Agenda econômica
Brasil
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, palestra (18h30) na USP, em São Paulo e, mais cedo, o Governo divulga o 4º relatório bimestral de receitas e despesas.
EUA
O presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, concede palestra na Escola de Negócios Freeman da Universidade de Tulane.
Europa
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa (12h) em evento do Fundo Monetário Internacional (FMI).
China
O Banco do Povo da China (PBoC) manteve as principais taxas de juros inalteradas. A chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano foi mantida em 3,35%, enquanto a de 5 anos permaneceu em 3,85%, frustrando as expectativas de reduções nos juros após o início do ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos.
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