O dia amanhece com as principais bolsas subindo no exterior, ainda em meio à repercussão das políticas do novo presidente americano, Donald Trump, bem como pelos resultados corporativos, cuja agenda de publicação segue à todo vapor na maior economia do mundo –hoje, por exemplo, Netflix está no centro das atenções, com ações subindo quase 15% após reportar um recorde de novos assinantes (18,9 milhões, mais que o dobro do esperado), impulsionado pela exibição de lutas de boxe, jogos da NFL e a nova temporada de Round 6. É válido notar que a maioria da empresas de tecnologia também avança, em reação ao anuncio de cerca de US$ 500 bilhões em investimentos em inteligência artificial (IA).
Em outros mercados, os rendimentos dos títulos de renda fixa americanos (Treasuries) e o dólar têm leve recuo, os contratos futuros do petróleo revertem a queda registrada mais cedo e avançam, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram 0,44% em Dalian, aos US$ 110,06 por tonelada, depois que Trump dizer que ainda está considerando uma tarifa de 10% sobre todos os produtos chineses.
Por aqui, esse fôlego no exterior deve ajudar a manter os ativos doméstico em alta, apesar de diversas incertezas relacionadas às contas públicas e sua trajetória –o Ministério da Fazenda, por exemplo, estima que o pacote fiscal aprovado no final de 2024 vai gerar uma economia de R$ 29,4 bilhões no orçamento deste ano, o que pode ser lido como insuficiente pelo mercado e se traduzir em mais prêmios ao longo da curva dos DIs futuros. Lembrando que, até então, a pasta só havia divulgado o impacto do pacote somado para 2025 e 2026, de R$ 69,8 bilhões, sem isolar os efeitos para cada ano.
Agenda econômica
Brasil
Entre os eventos previstos para a sessão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de cerimônia para assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG (11h). Na frente de indicadores, o Banco Central divulga o fluxo cambial semanal (14h30) e o CNC divulga dados de endividamento das famílias em dezembro e 2024 (10h30).
Europa
Destaque para a participação da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça (12h15).
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