Publicidade

Conteúdo Patrocinado . Vídeos

Ata dura do Copom e petróleo em queda azedam o pregão; Ibovespa cai enquanto dólar sobe contra o real

Exterior pesa com Treasuries em baixa; no Brasil, juros futuros disparam, fluxo de fim de ano aperta o câmbio e apenas oito ações resistem

Os mercados internacionais operam em terreno negativo nesta terça-feira (16), pressionados por sinais divergentes do mercado de trabalho nos EUA e pela queda do petróleo. O payroll mostrou criação modesta de vagas e revisões negativas, reforçando apostas de corte de juros pelo Federal Reserve, banco central dos EUA, embora o cenário base siga de manutenção. Com isso, os Treasuries recuam e o dólar perde força frente a pares, enquanto o petróleo amplia perdas diante das negociações para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, elevando preocupações com excesso de oferta. Na Europa, os índices também cedem, com pressão sobre ações de energia e defesa.

Por aqui, o Ibovespa recua após quatro sessões de alta, penalizado pelo tom firme da ata do Copom e incertezas políticas às vésperas da divulgação de pesquisa eleitoral. O documento reforça a estratégia de manter a Selic elevada por um período prolongado, mas reconhece sinais mais favoráveis na dinâmica inflacionária e moderação gradual da atividade. Apesar disso, o Banco Central (BC) manteve postura vigilante e não descarta nova alta se necessário, enquanto o mercado ainda precifica cortes modestos a partir do primeiro trimestre. Com isso, os juros futuros sobem em toda a curva, e o dólar avança contra o real, sustentado por fluxo de saída típico de dezembro e cautela fiscal. Às 14h50, o Ibovespa recuava 1,58%, aos 159.922 pontos, enquanto o dólar avançava 0,79% frente ao real, cotado a R$ 5,47.

Entre as ações, a sessão é marcada por forte realização, com apenas oito papéis em alta. Vale (VALE3) se destaca, apoiada pela alta do minério de ferro na China e mudança de recomendação por uma casa estrangeira. Em contrapartida, ações cíclicas como Cyrela (CYRE3), Magazine Luiza (MGLU3) e Localiza (RENT3) lideram as quedas, pressionadas pela disparada dos juros longos. Petrobras (PETR3; PETR4) recua mais de 3%, refletindo a queda do petróleo e incertezas sobre sua posição na Braskem (BRKM5), enquanto a petroquímica sofre com risco de reestruturação e elevada alavancagem. Hapvida (HAPV3) também cede após rebaixamento de rating pela Fitch.

Encontrou algum erro? Entre em contato

O que este conteúdo fez por você?

Publicidade

Últimas: Vídeos

X

Publicidade