- Inflação no Brasil pode terminar 2021 maior que em 83% dos países, segundo pesquisa da FGV
- O principal ponto apontado pelos especialistas é ter um conhecimento dos seus gastos para poder se planejar em relação às contas
Com a inflação acima de 10% causando altas nos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica, os brasileiros têm enfrentado dificuldades para fazer a conta fechar. Para não ficar no vermelho, é necessário saber como organizar as finanças.
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Nesse cenário, o E-Investidor debateu o tema em live na quarta-feira (20), com os convidados Alberto Ajzental, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, e Eduardo Perez, analista de investimentos da Nu invest.
Com a inflação no Brasil podendo terminar 2021 maior que em 83% dos países, segundo pesquisa da FGV, a pergunta que fica é: como chegamos a este ponto?
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Para o professor Ajzental, a pandemia provocou uma parada abrupta na produção, e depois a retomada acima do esperado no final do ano passado, gerou uma corrida por matéria prima com a cadeia de produção ainda desalinhada, provocando um desequilíbrio e alta nos preços.
Segundo ele, esses fatores globais ainda foram somados a problemas domésticos como crises políticas. “Para piorar temos as lideranças brasileiras que não são claras e objetivas, não temos as melhores lideranças, então temos problemas e ruídos políticos”.
Esta junção de problemas desvalorizou o real e como as principais commodities de produção são comercializadas em dólar, os preços dispararam.
Dicas para economizar no dia a dia
Com esse cenário estabilizado no país, é importante saber como economizar no dia a dia para superar a perda do poder de compra. O principal ponto apontado pelos especialistas é ter um conhecimento dos seus gastos para poder se planejar.
O analista Eduardo Perez frisa que é importante saber o que é prioridade e cortar pequenos gastos não essenciais.
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Para gastos obrigatórios, ele atenta para um velho truque que ainda é muito válido para ter economias, como “comprar à vista quando se tem desconto, ou parcelar no máximo de vezes quando o valor não muda também funciona, ainda mais se seu cartão tem a opção de adiantar parcelas com desconto”.
Em compras de supermercado, os dois convidados alertam para a necessidade de fazer pesquisas para encontrar melhores preços, não ficar preso à marcas, e dar preferência para compras em atacado, onde os preços saem mais em conta.
O professor da FGV ressalta outro ponto importante em tempos de inflação alta, que é quitar dívidas que são atreladas a índices que refletem as altas dos preços, como IPCA e IPC-BR e IGP-M.
Para além dos gastos
Na live, os participantes também falaram sobre a importância, mesmo em tempos de corte de gastos, de buscar formar reservas de emergências e até mesmo procurar oportunidades de investimentos.
“A regra de ouro é viver abaixo do potencial de ganho, para poder ir montando uma reserva de emergência”, disse Alberto Ajzental. Já Perez completou falando sobre a importância da reserva ser feita em investimentos seguros, e com alta liquidez, onde pode ser acessado quando necessário, como o Tesouro Selic.
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Os especialistas também ressaltaram tipos de investimentos que podem ser atrativos em tempos de alta na inflação, como rendas fixas ligadas a ela, e também rendas variáveis em setores de bancos, de energia e FII.
Confira a live completa para ficar por dentro de todas as dicas que os especialistas deram sobre como gerir as finanças em tempos de inflação alta.
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