As bolsas globais avançam após dados benignos de inflação nos EUA e pedidos de auxílio-desemprego acima da previsão, reforçando expectativas de cortes mais agressivos pelo Federal Reserve, banco central dos EUA, em 2026. O Índice de Preços ao Consumidor americano (CPI) subiu 0,2% em novembro, abaixo da projeção de 0,3%, e acumulou 2,7% em 12 meses, contra expectativa de 3,1%. O núcleo também veio mais fraco, com alta de 2,6%. Esses números derrubaram os rendimentos dos Treasuries, títulos os tesouro estadunidense, e pressionaram o dólar, enquanto o petróleo, que chegou a subir 1,63% na madrugada, recua cerca de 1% neste início de tarde. Já o minério de ferro manteve viés positivo, fechando com alta de 1,63% em Dalian. Na Europa, o Banco da Inglaterra reduziu juros e o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua taxa, sinalizando fim do ciclo de flexibilização.
No Brasil, o Ibovespa opera perto das máximas da sessão, apoiado por commodities e bolsas externas. Ainda assim, o pano de fundo segue marcado pela volatilidade dos prêmios de risco na curva, após a divulgação do Relatório de Política Monetária (RPM) – documento trimestral do Banco Central que detalha projeções para inflação, atividade e juros – reforçar a postura conservadora e manter aposta em Selic a 15% até março, reduzindo as chances de corte em janeiro. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,56, mas por volta das 14h30 recuava 0,20%, cotada a R$ 5,51. O Ibovespa subia 0,20%, aos 157.649 pontos.
Entre as ações do Ibovespa, Brava (BRAV3) dispara cerca de 10%, impulsionada por planos para 2026, além da alta do petróleo. Outras petroleiras, como Petrobras (PETR3; PETR4) e Prio (PRIO3), também avançam, esta última beneficiada por programa de recompra. Vale (VALE3) sobe com minério em alta, enquanto siderúrgicas acompanham após dados positivos de vendas. Bancos registram recuperação técnica, enquanto varejistas recuam pressionadas pela curva de juros. Fora do índice, Guararapes (GUAR3) salta após venda de ativo e anúncio de dividendos bilionários.
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