A última sessão da semana é negativa para os principais mercados no exterior, refletindo preocupações com a valorização excessiva de ações ligadas à inteligência artificial e os impactos econômicos do prolongado shutdown nos Estados Unidos. A queda na confiança do consumidor americano, que recuou para 50,3 pontos segundo a Universidade de Michigan, reforça o tom de cautela, com destaque para a piora na percepção das condições atuais e nas expectativas futuras. As bolsas em Nova York e na Europa recuam, os juros dos Treasuries e o índice dólar (DXY) perdem, enquanto o petróleo tenta recuperação após quedas recentes.
No Brasil, o Ibovespa interrompe uma sequência de 12 altas consecutivas, com investidores aproveitando para realizar lucros após sucessivos recordes. A queda do minério de ferro pressiona ações da Vale (VALE3) e do setor metálico, enquanto os grandes bancos também recuam. Por outro lado, Petrobras sustenta alta firme após divulgar resultados acima do esperado e reforçar compromisso com produção e dividendos. A deflação menor que o esperado registrada pelo IGP-DI (0,03%, contra estimativa de 0,22%) contribui para a alta dos juros futuros, especialmente na ponta curta, em movimento que se soma à postura mais cautelosa do Copom e à oferta robusta de títulos públicos.
Por volta das 13h45, o Ibovespa recuava 0,19%, aos 153.047 pontos, enquanto o dólar operava em leve queda em relação ao real (-0,18%), cotado a R$ 5,34.
Movimentos mistos entre as ações da B3
Entre os papéis que compõem o Ibovespa, o dia é marcado por ajustes pontuais após forte valorização recente. As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) ganham tração com o tom positivo da teleconferência de resultados, que destacou foco em produção e manutenção da política de dividendos. Já Vale recua com a pressão do minério de ferro, afetado por dados fracos da China e margens estreitas nas siderúrgicas. No varejo, Lojas Renner (LREN3) e Magazine Luiza (MGLU3) apresentam desempenho misto, enquanto Suzano e Assaí cedem após resultados abaixo do esperado. Destaque positivo para MBRF (MBRF3), impulsionada pela retomada das exportações de frango à China.
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