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Os mercados financeiros globais encerraram a última sessão do ano com liquidez reduzida e movimentos contidos, após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. O documento expôs divisão entre os membros do comitê sobre o ritmo da política monetária, indicando incertezas sobre novos cortes de juros. A maioria considera que alívio adicional pode ocorrer se a inflação seguir desacelerando, mas parte defende manutenção.
Após a divulgação, os rendimentos dos títulos do tesouro americano, os Treasuries, de dois anos, mais sensíveis à política monetária, recuaram levemente, enquanto o índice DXY do dólar – que compara a moeda americana com uma cesta de outras divisas – registrou alta moderada frente às principais moedas.
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Em Nova York, os índices fecharam próximos à estabilidade e na Europa mineradoras sustentaram ganhos com a recuperação dos preços de metais, enquanto o petróleo avançou diante de tensões geopolíticas e expectativa de manutenção da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Último pregão de 2025 no Brasil
No Brasil, o Ibovespa avançou 0,40%, aos 161.125 pontos, com giro financeiro fraco de R$ 15,7 bilhões, apoiado pelo setor financeiro e pelo movimento típico de fechamento de cotas de fundos, encerrando 2025 com valorização acumulada de 33,95%, a maior desde 2016.
No câmbio, o dólar recuou 1,43%, cotado a R$ 5,49, beneficiado pelo fluxo mais equilibrado e pelo carry trade – operação utilizada para tentar obter lucros com base na diferença entre a taxa de juros de dois países –, reforçado pela menor probabilidade de corte da Selic em janeiro.
Essa percepção ganhou força após os dados do mercado de trabalho surpreenderem: o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou criação de 85 mil vagas em novembro, acima das expectativas, enquanto a taxa de desemprego caiu para 5,2%, menor nível da série histórica.
A combinação de emprego resiliente e salários em alta pressionou os juros futuros, que subiram nos vencimentos curtos, enquanto os médios e longos devolveram parte da queda após a ata do Fed sinalizar incertezas.
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