
Os mercados internacionais iniciam a semana com viés positivo, impulsionados pela expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ainda em 2025. As bolsas de Nova York e da Europa avançam, com destaque para o Nasdaq, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) recuam e o dólar perde força frente às principais moedas globais.
Paralelamente, petróleo e ouro registram alta, refletindo tensões geopolíticas e a possibilidade de novas sanções contra a Rússia. O petróleo, inclusive, recupera parte das perdas da semana anterior após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciar um aumento modesto na produção diária — 137 mil barris a partir de outubro — bem abaixo dos incrementos previstos para os dois meses anteriores.
No Brasil, o ambiente político instável reduz o apetite por risco e favorece a realização de lucros no Ibovespa, após a forte valorização registrada na semana passada. Por volta das 13h40, o principal índice da B3 recuava 0,81%, aos 141.484 pontos, pressionado por perdas nos setores financeiro e de consumo.
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O dólar avançava 0,39% frente ao real, cotado a R$ 5,43, enquanto os juros futuros médios e longos operavam com alta moderada, refletindo a reprecificação do risco político e fiscal no cenário doméstico.
Entre os destaques do Ibovespa, Raízen (RAIZ4) liderava os ganhos, impulsionada por rumores sobre a entrada de novos investidores estratégicos. A valorização das commodities (produtos primários) também sustentava os papéis de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), ainda que com menor intensidade ao longo do dia.
Em contrapartida, empresas voltadas ao consumo interno e ao setor educacional apresentavam queda, influenciadas pela alta dos juros futuros e pelo aumento da percepção de risco político. BRF (BRFS3 ) e Marfrig (MRFG3), que chegaram a subir após a aprovação da fusão pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), inverteram sinal e passaram a operar no campo negativo.
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