Nesta sexta-feira, o principal relatório de empregos dos EUA, o payroll, surpreendeu ao estourar o teto das expectativas do mercado, apontando criação de 254 mil postos de trabalho no mês de setembro – número muito superior ao projetado pelo consenso da Bloomberg (150 mil) –, enquanto o resultado do mês de agosto foi revisado para cima, de 142 para 159 mil. A taxa de desemprego recuou discretamente de 4,2% para 4,1%, contrariando a expectativa de manutenção, e os salários avançaram 4% em base anual, também acima do estimado pelo mercado (3,8%). Esse cenário levou a um salto nas expectativas do mercado para corte de juros de apenas 0,25pp na reunião do Fed de novembro e moderou a precificação para o relaxamento até meados de 2025. Assim, os juros dos Treasuries e o dólar avançam para o maior nível em meses, ao mesmo tempo que os índices de Nova York tinham alta firme neste início de tarde. Na Europa, as bolsas encerraram a sessão majoritariamente em alta, com exceção ao índice FTSE que recuou após comentários cautelosos do economista-chefe do Banco da Inglaterra em relação ao processo de redução de juros.
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No Brasil, a falta de motivadores impede o Ibovespa de acompanhar o tom positivo no exterior. Por volta das 14h20, o principal índice da B3 trabalhava próximo da estabilidade aos 131.822 pontos, enquanto o dólar recuava 0,20% frente ao real, cotado a R$ 5,46. Nos juros, o dia também é de abertura da curva de juros futuros, mas em ritmo mais moderado que o avanço dos Treasuries – a alta das taxas não altera a precificação de duas altas da Selic de 0,5pp este ano, para 11,75% ao ano, mas eleva o orçamento para o final do ciclo de aperto monetário, em meados de 2025.
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