A sessão desta quarta-feira é, por enquanto, marcada por cautela nos mercados internacionais, com os investidores reagindo negativamente ao avanço de um projeto de lei nos EUA que prevê aumento de gastos e cortes de impostos, elevando os temores fiscais. Esse cenário impulsiona os rendimentos dos Treasuries e pressiona as bolsas em Nova York, enquanto as bolsas da Europa oscilam diante de alertas do Banco Central Europeu sobre riscos políticos. O petróleo, que chegou a subir com tensões no Oriente Médio, passou a cair após dados de estoques nos EUA, e o dólar recua em escala global a partir da fragilidade fiscal americana.
No Brasil, o Ibovespa realiza lucros após atingir os 140 mil pontos na véspera, refletindo tanto o ambiente externo quanto a apreensão com o relatório fiscal que será divulgado amanhã. A curva de juros futuros se inclina, acompanhando o movimento dos Treasuries, enquanto o dólar recua frente ao real. Por volta das 13h50, o principal índice da B3 caía 1,25% aos 138.337 pontos, enquanto o dólar recuava 0,21% frente ao real, cotado a R$ 5,66.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, os frigoríficos se destacam na ponta positiva, impulsionados por expectativas de reversão parcial do embargo chinês à carne de frango e pela tentativa do governo de mitigar os impactos da gripe aviária. No setor aéreo, Azul despenca após rebaixamento de rating pela S&P, contrastando com a forte valorização da Gol, que segue repercutindo a aprovação do fim do Chapter 11 nos EUA. Já o setor de educação sofre com a nova regulação do ensino a distância, pressionando ações como Cogna, Yduqs e Vitru. No setor financeiro, bancos recuam em bloco, refletindo cautela com o cenário fiscal doméstico.
Confira todos os vídeos e podcasts diários produzidos pela Ágora Investimentos.
O que este conteúdo fez por você?
Publicidade
