Os mercados internacionais operam com viés misto nesta terça-feira, refletindo a ausência de dados relevantes e a expectativa por falas de dirigentes do Federal Reserve. Nos EUA, os rendimentos médios e longos dos Treasuries sobem em meio a preocupações fiscais e incertezas sobre a política monetária, enquanto o dólar se enfraquece diante de moedas fortes. Na Europa, o otimismo com o acordo entre Reino Unido e União Europeia impulsiona ações de energia renovável. Já entre as commodities, o corte de juros pelo Banco Popular da China (PBoC) apoiou o minério de ferro (+0,28%), porém o petróleo inicia a tarde em leve queda.
No Brasil, o Ibovespa recua após renovar máximas históricas na véspera, em movimento de realização de lucros, com avanço do dólar frente ao real e dos juros futuros, acompanhando os Treasuries e o leilão de NTN-Bs. A agenda doméstica esvaziada e o cenário fiscal incerto, com expectativa por medidas do governo para cumprir a meta de 2025, adicionam cautela aos negócios. Por volta das 13h30, o principal índice da B3 caia 0,05% aos 139.565 pontos, enquanto o dólar subia 0,20% frente ao real, cotado a R$ 5,67.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, o setor de educação lidera as perdas após a divulgação de novas regras para o ensino a distância, que devem elevar custos e restringir a oferta de cursos. Em contrapartida, frigoríficos como JBS e Marfrig se recuperam das quedas recentes ligadas à gripe aviária, figurando entre as maiores altas do dia. A Petrobras avança na contramão do petróleo, impulsionada pela aprovação do plano ambiental para exploração na Margem Equatorial. Já Petz sobe com expectativa positiva sobre a fusão com a Cobasi, enquanto Cemig e CPFL ganham tração com a perspectiva de fim do ciclo de alta dos juros.
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