Braskem (BRKM5): por que ações de petroquímica desabaram na Bolsa?
As ações da petroquímica Braskem (BRKM5) desabam na Bolsa de Valores com o colapso iminente de mina de sal-gema em Maceió, Alagoas.
O sal-gema é uma matéria-prima para a produção de soda cáustica e policloreto de vinila, o PVC utilizado em canos, conexões e janelas, do qual a empresa é um dos líderes de mercado.
A Defesa Civil de Maceió começou a monitorar o aumento no afundamento do solo e rachaduras em construções em áreas do bairro do Mutange.
Após décadas de exploração, em 2015 a Braskem – controlada por Petrobras e Novonor (ex-Odebrecht) – começou a desativar essas minas com o surgimento de afundamentos na área.
Agora, com a aceleração do problema, a prefeitura de Maceió decretou estado de emergência após o alerta de “risco iminente de colapso” na área atingida.
Em fato relevante, a Braskem informou que há uma ação aberta pelo Ministério Público Federal, MP de AL e Defensoria Pública da União contra a empresa e Maceió no valor de R$ 1 bilhão.
Segundo o governo de Alagoas, com 150 mil possíveis vítimas, o “maior crime ambiental urbano do mundo” pode levar a Braskem a um passivo de R$ 30 bilhões.
Em meados do ano, as ações da Braskem eram um dos destaques de 2023 frente a uma possível venda da fatia da Novonor para a Unipar (UNIP6).
No pregão da sexta-feira (1), o recuo nas cotações de BRKM5 superaram 10%. Recentemente a Braskem recebeu nova oferta do fundo Adnoc de Abu Dhabi.