Investimentos: por que inflação nos EUA é má notícia para a Bolsa brasileira e o dólar?
Com a gradual desaceleração da inflação no Brasil, o Copom vem reduzindo a Selic. Isso, na teoria, reduz a atratividade da renda fixa e aumenta os prêmios para os investidores na Bolsa.
No entanto, com inflação e mercado aquecidos nos EUA, o Federal Reserve vem sustentando os altos juros por lá, dando retornos históricos aos títulos do Tesouro norte-americano.
A atual faixa de juros entre 5,25% e 5,5% ao ano (máxima em 22 anos) é reflexo da inflação mais alta nos últimos 40 anos.
Com taxas de retorno históricas para as Treasuries, muitos investidores estrangeiros preferem alocar seus recursos em bonds norte-americanos a apostar na Bolsa brasileira.
Resultado: quase R$ 15 bilhões em capital estrangeiro saíram da B3 nos últimos dois meses. Mais: o movimento ajudou a elevar a cotação do dólar acima dos R$ 5.
Outra explicação para o recente desempenho fraco do Ibovespa é a aversão generalizada ao risco, com a rentabilidade de renda fixa ainda atraente.