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Mercado hoje: balanço do 1º tri da Vale (VALE3) é considerado fraco, enquanto resultados do Assaí (ASAI3) são vistos com otimismo. PetroReconcavo (RECV3) e Eneva (ENEV3) negam eventual fusão

Investidores também ficam de olho em Bradesco, Magazine Luiza e Americanas. Veja o noticiário completo

Mercado hoje: balanço do 1º tri da Vale (VALE3) é considerado fraco, enquanto resultados do Assaí (ASAI3) são vistos com otimismo. PetroReconcavo (RECV3) e Eneva (ENEV3) negam eventual fusão
Painel do Ibovespa. (Fonte: Adobe Stock)

Os destaques da agenda econômica desta quinta-feira (25) são a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre e a inflação do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) no período. Balanços de bancos e empresas, como as big techs americanas Microsoft, Alphabet e Intel, e discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) serão monitorados.

O mercado local vai acompanhar também a coletiva de imprensa do Ministério da Fazenda para detalhar o primeiro projeto de leis complementares da reforma tributária, e a assembleia de acionistas da Petrobras (PETR3PETR4), para eleger novo Conselho de Administração (CA) e aprovar a proposta de pagamento de 50% dos dividendos extraordinários de 2023.

Vale (VALE3)

A Vale registrou lucro líquido de US$ 1,679 bilhão no primeiro trimestre deste ano, queda de 9% ante igual período de 2023 e em linha com o estimado pelo Prévias Broadcast. O Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado ficou em US$ 3,438 bilhões, resultado 7% abaixo do registrado um ano antes. A receita líquida somou US$ 8,459 bilhões, estável na mesma base de comparação.

Segundo a mineradora, o desempenho mais fraco decorre, principalmente, dos menores preços realizados de finos de minério de ferro, níquel e cobre, parcialmente compensado por maiores volumes de vendas de minério de ferro e cobre.

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A empresa também atualizou as projeções de desembolso para a mitigação dos danos ocorridos no rompimento da barragem da Samarco. Prevê US$ 2,9 bilhões para 2024; US$ 2,7 bilhões em 2025; US$ 2,4 bilhões em 2026; e US$ 2,1 bilhões em 2027. No after hours em Nova York, perto das 20h30, as ADRs (recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale registravam queda de 1,62%.

A XP considerou os resultados fracos, mas pondera que estes parecem “desproporcionalmente impactados por fatores macroeconômicos contrários, com a queda dos preços das commodities ao longo do primeiro trimestre levando a uma realização de preços mais fraca do que o normal e a valorização do real afetando negativamente os custos”.

Para a corretora, com os preços do ferro de volta ao nível de US$ 110 a US$ 115 por tonelada e o dólar saltando para cerca de R$ 5,15, os resultados devem melhorar nos próximos trimestres. Além disso, os atuais níveis de preços do minério de ferro implicam espaço para um valor atrativo de dividendos no segundo semestre de 2024, com uma assimetria positiva para as ações.

Assaí (ASAI3)

O Assaí reportou lucro líquido de R$ 60 milhões no primeiro trimestre, queda de 16,7% ante o mesmo período de 2023 e 23% acima do projetado pelo Prévias Broadcast. O Ebitda ajustado ficou em R$ 1,2 bilhão, alta de 28% ante um ano. Já a receita líquida foi de R$ 17,2 bilhões, aumento de 14,1% na mesma base de comparação.

Os resultados financeiros do Assaí no primeiro trimestre de 2024 ficaram “amplamente alinhados” com as expectativas do Citi, que reconheceu a “consistente disciplina” da varejista em despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A). “O mercado provavelmente acolherá bem o guidance (projeção) de alavancagem reduzida, já que tem sido um ponto de preocupação/risco para os investidores”, afirmam os analistas do banco.

Para a XP, os resultados foram sólidos, com melhora na dinâmica de vendas nas mesmas lojas, expansão de margem e geração de caixa operacional. A otimização de despesas gerais e administrativas também foi citada como fator positivo do balanço.

PetroReconcavo (RECV3) e Eneva (ENEV3)

A PetroReconcavo e a Eneva negaram engajamento para eventual combinação dos negócios. Os rumores mexeram com as ações, especialmente da PetroReconcavo, que subiu 4,74%, liderando os ganhos do Ibovespa na sessão. Eneva subiu 0,40%.

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A PetroReconcavo informou ainda que aprovou a distribuição adicional de dividendos no valor de R$ 17.358.908,12, a R$ 0,059 por ação ON. As ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir desta quinta-feira (25).

Bradesco (BBDC4) e CCR (CCRO3)

O Conselho de Administração (CA) do Bradesco aprovou o nome de André Costa Carvalho para o cargo de diretor de RI, em substituição de Carlos Wagner Firetti.

O conselho da CCR reelegeu Miguel Setas como diretor-presidente e Waldo Perez, como diretor e vice-presidente de Finanças e de RI.

Energisa (ENGI11)

O consumo consolidado de energia da Energisa, considerando o mercado cativo e livre, foi de 3.611,6 GWh (gigawatts-hora) em março, alta de 9,8% ante o mesmo mês de 2023. No período, a maior contribuição foi da classe residencial, com o resultado puxado por temperaturas acima da média sob efeito do fenômeno El Niño.

Magazine Luiza (MGLU3)

O Magazine Luiza aprovou em Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Extraordinária (AGE) a proposta de grupamento de ações na proporção de 10 para 1, apresentada em março. Entre hoje e 24 de maio, os acionistas poderão ajustar suas posições acionárias, em lotes múltiplos de 10 ações.

Americanas (AMER3)

A Americanas, em recuperação judicial, informou na noite de dessa quarta-feira (24) que o Instituto Ibero-Americano da Empresa, na qualidade de substituto processual, apresentou requerimento para instauração de arbitragem perante a Câmara de Arbitragem do Mercado da B3 contra a companhia e seus acionistas de referência.

Yduqs (YDUQ3), Usiminas (USIM5) e Gafisa (GFSA3)

A Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) passou a deter, tanto em participação direta quanto indireta, 15.491.411 ações ON da Yduqs, o que corresponde a aproximadamente 5,01% do capital social da companhia.

O JPMorgan adquiriu 3.496.431 ações preferenciais da Usiminas, elevando sua participação para 5,03% do total dessa classe de ação.

Já a Gafisa informou que a M Asset Management atingiu participação acionária de 14,26% em seu capital social e que a Trustee reduziu para 9,38%.

A Gafisa também divulgou detalhes sobre o procedimento arbitral instaurado em face da gestora ESH Capital, acionista dos fundos ESH Theta Master e Águia Dourada, para apurar o que considera como sucessivos abusos praticados contra a empresa. A construtora pede condenação dos envolvidos e o pagamento de indenização de R$ 7 milhões.

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