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Magazine Luiza (MGLU3) anuncia parceria com Aliexpress para vender produtos da China

A parceria deve entrar em vigor entre julho e agosto

Magazine Luiza (MGLU3) anuncia parceria com Aliexpress para vender produtos da China
Loja do Magazine Luiza (MGLU3). (Foto: Divulgação/Magazine Luiza )

O Magazine Luiza (MGLU3) fechou uma parceria com a Aliexpress para vender produtos da China na plataforma do marketplace do Magazine Luiza, informou a companhia nesta segunda-feira (24).

Segundo a CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, o Aliexpress passará a vender no site do Magalu produtos classificados como linha choice, como itens de beleza, computer office (escritório) e home improvement (melhorias da casa). A parceria deve entrar em vigor entre julho e agosto. A venda desses produtos será por meio do programa remessa conforme, ou seja, que garante s isenção do Imposto de Importação para compras de até US$ 50, incluindo o frete.

Do outro lado, o Magazine Luiza também prevê vender seus produtos aqui no Brasil no site do Aliexpress. Os produtos que serão vendidos do Magalu na Aliexpress serão da categoria 1P. Essa categoria de venda é conhecida como comércio eletrônico de primeira parte. Nesse caso, o Magalu compra produtos, estoca, determina preços, vende em sua loja virtual e cuida de toda a logística de entrega. A venda para o consumidor, no entanto, será feita no site da Aliexpress.

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Questionado pelo E-Investidor sobre as sinergias com a parceria, Frederico Trajano disse que a medida possui um alto valor para as duas empresas, principalmente quando se nota a audiência do site da chinesa e da brasileira. “Hoje, as duas plataformas têm mais de 700 milhões de visitas. Com essa parceria, nós capturamos e colocamos sortimentos que não tínhamos. Então, as chances de conversão nos dois canais são muito altas”, afirmou o CEO do Magalu.

Sobre a geração de lucros e receitas com essa parceria, Trajano disse que não comentaria o assunto. No entanto, ele destacou que o Magazine Luiza e a Aliexpress fecharam uma taxa de remuneração, conhecida como take rate, em caso de venda de produtos por uma das partes.

“Todos os produtos vendidos pelo Aliexpress no site Magalu terão um take rate cobrado. E quando vendermos no site da Aliexpress, nós também pagaremos um take rate para o Aliexpress. Essa taxa foi negociada durante 7 meses”, explicou Trajano, que preferiu não dar um número final da taxa de remuneração.

Durante a coletiva de imprensa, o CEO ainda foi confrontado sobre as alegações do Magazine Luiza contrárias às plataformas chinesas. A presidente do Conselho de Administração da varejista, Luiza Trajano, reclamava nos últimos meses da concorrência com os asiáticos, a qual considerava desigual devido às questões tributárias.

O CEO da companhia comentou que o Magalu nunca foi contrário aos asiáticos e à globalização do e-commerce. “O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) não é contra o marketplace asiático. O que faltava era isonomia tributária. Isso acabou com a aprovação da taxa sobre os produtos. A taxação foi aprovada e agora só falta a sanção presidencial”, ressaltou Frederico Trajano.

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