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Casas Bahia (BHIA3) anuncia prejuízo no primeiro trimestre de 2024; veja números

O cenário macroeconômico ainda desafiador também contribuiu para a queda nas vendas

Casas Bahia (BHIA3) anuncia prejuízo no primeiro trimestre de 2024; veja números
(Foto: Márcio Fernandes/ Estadão)

A Casas Bahia (BHIA3) apresentou um prejuízo de R$ 261 milhões no primeiro trimestre de 2024, marcando uma melhora de 12,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Esse resultado ocorreu mesmo com uma queda significativa no Ebitda ajustado, que registrou uma redução de 42,6%, totalizando R$ 387 milhões, e uma diminuição na receita líquida de 13,7%, alcançando R$ 6,3 bilhões.

A estratégia da empresa de retornar ao foco em categorias de bens duráveis, nas quais é especialista, foi destacada como um fator para essa melhora.

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O plano de recuperação de resultados da Casas Bahia já previa essa mudança, afastando-se de produtos de baixo valor agregado que geravam custos de estoque sem contribuir significativamente para as margens de lucro da empresa.

Apesar da queda na margem bruta da empresa, que atingiu 30%, uma redução de 1,5 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento em comparação com os 27% do trimestre anterior.

O cenário macroeconômico ainda desafiador para bens duráveis, com taxas de juros elevadas e famílias endividadas, também contribuiu para a queda nas vendas.

Sergio Leme, chefe de estratégia, cadeia de suprimentos e Relações com Investidores da empresa, destacou que o ciclo de troca de equipamentos de linha branca apresenta uma tendência mais positiva, enquanto nas linhas de móveis, a curva parece começar a melhorar.

No entanto, ainda não há uma melhoria clara nas vendas de celulares.

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A empresa buscou reduzir as despesas gerais, com vendas e administrativas caindo 7,5% e totalizando R$ 1,7 bilhão. As despesas com pessoal também registraram uma queda de 15%.

No entanto, devido a ganhos não recorrentes no primeiro trimestre de 2023, o Ebitda dos primeiros três meses de 2024 apresentou uma queda significativa, de 43%.

O resultado financeiro da empresa teve uma melhora de 41%, totalizando um valor negativo de R$ 486 milhões.

Essa melhoria foi impulsionada principalmente pelo reconhecimento de questões fiscais relacionadas à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins.

A diminuição do fluxo de caixa livre negativo foi destacada como uma das melhores formas de mostrar os avanços do plano de virada da empresa.

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No trimestre, esse fluxo foi de -R$ 176 milhões, em comparação com -R$ 644 milhões no mesmo período do ano anterior.

Os efeitos da recuperação extrajudicial pela qual a empresa passa ainda não foram refletidos nesses resultados.

A gestão espera que esses efeitos se tornem visíveis nos próximos trimestres, especialmente devido à disponibilidade de mais capital de giro para a empresa.