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Dia dos Namorados mais pesado no bolso? Veja como economizar no presente

Segundo a FGV, os produtos e serviços relacionados à data subiram, em média, 1,16% em 12 meses

Dia dos Namorados mais pesado no bolso? Veja como economizar no presente
Presentes para os namorados estão mais caros, segundo a FGV. (Foto: Adobe Stock)

O Dia dos Namorados é uma das datas de maior venda do comércio varejista. Na comemoração desta quarta-feira, 12 de junho, no entanto, os casais estão sentindo um peso maior no bolso: os presentes estão mais caros porque a inflação subiu e os itens relacionados à data também.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), os preços dos produtos e serviços mais procurados para o Dia dos Namorados subiram, em média, 1,16% em 12 meses. A variação registrada representa, aproximadamente, pouco mais de um terço da inflação geral apurada em igual período (3,28%). Os dados são de um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, com base em 25 produtos e serviços do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S).

No estudo, as maiores altas ficaram com a inflação de serviços, que subiu 4,14%, sendo que as categorias cinema (4,68%), hotel/motel (4,52%) e salão de beleza (4,46%) tiveram aumento mais expressivo.

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Segundo o economista da FGV, Matheus Dias, o cenário é causado pela rigidez dos custos do setor de serviços e pela atual dinâmica da atividade econômica. O especialista lembra que em 2023 o rendimento médio real cresceu 7,5%, atingindo R$ 2.846, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,9%. “Em conjunto, esses fatores explicam o processo de pressão nos preços de serviços de lazer, hospedagem e cuidados pessoais”, afirma.

Como economizar no presente?

Nem tudo está perdido. Apesar da alta nos serviços, os preços de produtos tiveram queda de 1,31%. Da cesta considerada pelo estudo, 7 de 18 itens apresentaram recuo no preço, com sabonete (-7,25%), aparelho telefônico celular (-4,38%) e computador e periféricos (-4,06%) sendo os mais representativos.

Nesse caso, o ambiente é explicado, principalmente, pelo ciclo de aperto monetário iniciado em agosto de 2022, analisa Dias. “O aumento da taxa Selic, combinado com a alta da inflação, leva o consumidor a ser mais cauteloso em suas compras. Prioriza-se itens essenciais, enquanto a aquisição de itens como celulares e computadores é adiada”, diz. Ele também lembra que os setores de bens duráveis e semiduráveis apresentam desaceleração desde o início de 2023.

*Com informações do Broadcast