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Ibovespa hoje: índice abre em alta em dia de juros no Fed

Tom otimista internacional pode estimular o avanço da Bolsa brasileira, mas temores fiscais internos limitam

Ibovespa hoje: índice abre em alta em dia de juros no Fed
O ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

O Ibovespa, principal índice da B3, abriu em alta de 0,64%, aos 122.410 pontos, nesta quarta-feira (12). A abertura de negócios ocorre de olho na decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense) e nos temores fiscais brasileiros.

O tom otimista internacional pode estimular a alta do Ibovespa na abertura. Entre as commodities, o petróleo opera em alta superior a 1% em WTI e Brent, enquanto o minério de ferro estendeu a baixa da véspera, recuando 0,92% em Dalian, na China, a US$ 111,72 por tonelada.

Apostas para os juros do Fed

Nesta quarta-feira, as atenções mundiais se voltam para o hemisfério norte, em meio à reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed para definir os rumos do juros nos Estados Unidos. O anúncio será às 15 horas.

A expectativa majoritária é de manutenção, pela sétima vez consecutiva, entre 5,25% e 5,5% ao ano. Trata-se do nível mais alto desde 2001, considerado muito restritivo, levando em conta o histórico das taxas de juros dos EUA.

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Outro indicador também entra em destaque: o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação no país — razão pela qual o Fed insiste em manter a taxa de juros em patamar elevado. Em abril, o CPI ficou em 3,6% no acumulado de 12 meses.

Há anos, a alta nos preços (sintoma da inflação) vem sendo uma pedra no sapato: em julho de 2022, chegou a 9,1%, nível que não era visto desde 1981, quando o país bateu 9,6%.

Temores fiscais no Brasil

No cenário doméstico, o Índice Bovespa pode ser limitado pelas preocupações com as contas públicas. A cautela fiscal no Brasil ganha novos contornos em meio a sinais de enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o Congresso recusar a medida provisória criada pelo governo para restringir o uso de créditos tributários por parte de empresas.

“Se o Randolfe precisa falar que o Haddad ainda tem força no Congresso é porque tem algum problema aí”, alerta Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos, em referência à defesa de Haddad pelo senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), em entrevista à GloboNews.

Entre os indicadores brasileiros, fica em destaque o volume de serviços prestados, que subiu 0,50% em abril ante março, ficando acima da mediana. Ainda assim, por ora, não tende a mudar as apostas de manutenção da Selic em 10,50% no Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem.

*Com informações do Broadcast

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