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Luiz Barsi reduz partipação acionária em elétrica; saiba qual

Maior investidor pessoa física do País informou que a operação tem como objetivo a adequação do seu portfólio

Luiz Barsi reduz partipação acionária em elétrica; saiba qual
Luiz Barsi (Foto: Alex Silva/Estadão)

O maior investidor pessoa física da Bolsa brasileira, Luiz Barsi, diminuiu sua participação acionária na AES Brasil (AESB3). De acordo com comunicado enviado ao mercado pela empresa na noite de segunda-feira (10), Barsi agora tem 30 milhões de ações ordinárias da companhia, o equivalente a 4,98% do total de papéis emitidos por ela.

Em correspondência enviada à AES, o investidor informou que a operação tem como objetivo a adequação de portfólio e poderá ser aumentada ou reduzida de acordo com as intenções de seus investimentos. Além disso, destacou que a participação não tem a intenção de alterar o controle acionário da companhia ou a sua estrutura administrativa.

A venda dos papéis ocorre após o anúncio da incorporação da AES Brasil pela Auren (AURE3). O negócio deve resultar na terceira maior geradora de energia renovável do País, com valor de mercado estimado em R$ 30,8 bilhões. Em maio, as companhias informaram que a operação ocorrerá por meio da incorporação de ações, resultando na conversão da AES Brasil em subsidiária integral da Auren, que terminará como a única empresa listada no Novo Mercado da B3. Para entender o que o processo significa ao investidor, confira esta matéria.

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Em live do Ações Garantem o Futuro (AGF) realizada em janeiro deste ano, antes do anúncio da incorporação entre as companhias, Barsi destacou que seguia comprando tanto as ações da AES quanto as da Auren. O megainvestidor afirmou, na ocasião, que a AES se tornava atrativa por ter um número reduzido de papéis — 601.927 milhões até então. Para o ícone do mercado financeiro, empresas com uma base acionária muito elevada precisam ter um lucro muito forte para entregar bons dividendos, o que não enxerga como positivo para o investidor.

Já a Auren, na visão de Barsi, tem um forte compromisso de distribuir dividendos porque entre seus maiores acionistas está a Votorantim e o fundo canadense CPP Investments, que prezam por proventos. Em 2023, a empresa remunerou seus investidores com R$ 3 por ação, equivalente a um dividend yield (rendimento de dividendos) de 20,37%.