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Abertura de Mercado: depois da tormenta, enfim a calmaria?

Confira os principais fatos e acontecimentos que vão impactar o Ibovespa

Em meio aos sinais de uma possível estabilização dos mercados, após a turbulência no início desta semana, os principais índices acionários se recuperam nesta manhã de quinta-feira (18) – com os futuros do S&P 500, por exemplo, apontando para os primeiros ganhos em cinco dias.

É válido notar, no entanto, que embora os ativos de risco estejam corrigindo parte das perdas recentes, os argumentos a favor de juros mais altos e por mais tempo persistem, especialmente depois de dados americanos robustos nos últimos dias – nesse sentido, a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Cleveland, Loretta Mester, disse ontem que ainda espera que a inflação caia, mas acha que precisam observar e coletar mais informações antes de tomarem uma ação, engrossando as apostas de menos cortes que o previsto inicialmente em 2024.

Para além dos mercados acionários, o dólar e os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuam ligeiramente, os contratos futuros do petróleo caem pelo quarto dia consecutivo, com a notícia de que os estoques americanos atingiram os níveis mais elevados desde junho, enquanto os preços futuros do minério de ferro estendem alta, se valorizando em 3,07%, após subirem mais de 5% nessa quarta-feira (17), impulsionados pela recente promessa de apoio econômico da China e pela esperança de que mais siderúrgicas retomem plantas ociosas.

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Após seis dias de quedas do Ibovespa, esse cenário externo deveria corroborar alguma recuperação dos ativos locais nesta quinta-feira – ainda que meramente técnica. Ainda assim, as falas mais duras do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sugerindo uma Selic terminal mais elevada, devem limitar uma alta sustentada do mercado doméstico – ele disse que as dúvidas externas podem levar a uma taxa de juros maior nos Estados Unidos, trazendo “muitas consequências” para o Brasil.

Agenda econômica 18/04:

Brasil: Sem destaques econômicos, entre os eventos o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos da autoridade monetária, Paulo Picchetti, participam de coletiva de imprensa do G20 (grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia), em Washington.

EUA: Estão previstos os números semanais de pedidos de auxílio-desemprego (9h30), além de discursos de membros do Fed: Michelle Bowman (10h05), John Williams (10h15) e Raphael Bostic (12h).

Europa: Estão previstos discursos de dirigentes do Banco da Inglaterra (BoE) (12h) e do Banco Central Europeu (BCE) (14h30).

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