- Desvalorização do real e das commodities fizeram o Brasil ter desempenho pior entre os mercados emergentes
- Banco recomenda investimentos na B3 por ver ver margem para rápida recuperação
- Um dia antes, Goldman Sachs havia revisada para baixo projeção do PIB brasileiro
O Goldman Sachs recomendou o investimento de longo prazo na B3 como a melhor oportunidade do momento em mercados emergentes. Em relatório distribuído a seus clientes na quarta-feira (20), o banco de investimentos apontou que a bolsa brasileira é a que tem maior margem de recuperação da crise econômica provocada pelo coronavírus, podendo chegar a 90 mil pontos em três meses – o Ibovespa fechou a quinta-feira (21) na casa de 83 mil.
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Segundo o relatório, o mercado latino-americano vem tendo um desempenho pior que o dos demais emergentes desde janeiro, em decorrência da pandemia, o que “abriu um valor significativo entre os ativos”. No Brasil, a deterioração foi pior por causa do choque nas commodities, prejudicadas por queda de demanda e dificuldade de exportações, e a desvalorização do real perante o dólar.
“Recomendamos aos investidores entrarem ‘comprados’ na Bovespa, dada a sua margem de recuperar”, escreveram os analistas do banco, apostando em uma recuperação das commodities no segundo semestre.
Um dia antes, Goldman Sachs cortou projeção de PIB
A projeção otimista para o Bovespa contrasta com outra visão recente do Goldman Sachs sobre o Brasil. Na terça-feira (19), o banco de investimentos anunciou a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020 de queda de 3,4% para contração de 7,4%.
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O choque econômico, na visão do banco, é causado pela demora na retomada da atividade. A projeção do Goldman Sachs é de que as medidas de isolamento só serão removidas entre junho e julho, agravando a crise.
Para 2021, contudo, a instituição financeira prevê crescimento de 4,1% do PIB brasileiro.
Investidores estrangeiros voltaram a por dinheiro no Brasil
Investidores estrangeiros voltaram à B3
Enquanto o Goldman Sachs revisava as projeções do PIB, investidores brasileiros faziam dois movimentos de entrada no mercado brasileiro.
Na terça-feira, investidores estrangeiros entraram com R$ 4,236 milhões na B3. Foi o primeiro registro de entradas desde 29 de abril. Na quarta-feira, aumentaram as posições líquidas compradas em taxa de juro futuro.
No acumulado do ano, contudo, o saldo ainda é de saída, com a retirada de R$ 77,78 bilhões por investidores de fora do Brasil.
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