As vendas de NFTs (tokens não fungíveis) da World Wildlife Fund (WWF) foram interrompidas após críticas de ambientalistas. Segundo eles, a transação realizada na blockchain Polygon não era tão ecologicamente correta como a Organização Não Governamental (ONG) havia informado anteriormente.
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No último dia 2 de fevereiro, a WWF anunciou, por meio das suas redes sociais, o lançamento de seus NFTs na blockchain Polygon. A ONG alegou que a escolha era ecologicamente correta para o desenvolvimento dos tokens não fungíveis devido à baixa emissão de CO2 na atmosfera. “Lançando nossos NFTs na blockchain Polygon ecologicamente correta, cada transação tem as emissões de carbono equivalentes a um copo de água da torneira”, disse o WWF na época.
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Releasing our NFTs on the eco-friendly @0xPolygon blockchain, each transaction has the equivalent carbon emissions of a glass of tap water.
Join the discussion: https://t.co/T6l20zFpnA pic.twitter.com/urFOjZRDE7
— WWF UK (@wwf_uk) February 2, 2022
No entanto, segundo o site norte-americano Decrypt, Alex de Vries, fundador do site Digiconimist, rebateu a informação da WWF. Por meio de um artigo publicado em seu site, Vries informou que a Polygon depende da rede Ethereum para realizar qualquer transação dentro da blockchain. Por esse motivo, a estimativa realizada pela World Wildlife estava incorreta.
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“A pegada de carbono de uma transação da Polygon é de cerca de 430 gramas de C02. Isso é quase 2.100 vezes mais do que a estimativa otimista fornecida pelo WWF, ilustrando que o Polygon não é nem de longe tão sustentável quanto alegado”, disse Alex de Vries, fundador do site Digiconomist.
A preocupação dos ambientalistas se deve às emissões de gás carbônico por meio do consumo de energia de blockchains de prova de trabalho (PoW). Segundo o Decrypt, estudos da Universidade de Cambridge mostraram que a rede bitcoin, por exemplo, consome aproximadamente 125 terawatts-hora (TWh) de eletricidade por ano. O consumo é maior do que a maioria dos países do mundo.
Após as críticas, a ONG decidiu suspender as vendas dos seus NFTs. Ao jornal britânico The Independent, a WWF afirmou que os tokens não fungíveis eram novos no mercado e que precisavam avaliar mais a viabilidade da tecnologia. O encerramento das vendas teria ocorrido no último dia 4, dois dias depois do lançamento.
“Reconhecemos que os NFTs são uma questão muito debatida e todos temos muito a aprender sobre esse novo mercado, e é por isso que agora avaliaremos completamente o impacto desse teste e refletiremos sobre como podemos continuar inovando para engajar nossos apoiadores ”, afirmou a organização.
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