- O Bank of America (BofA) elevou o preço-alvo das ações da Petrobras de R$ 40,50 para R$ 46,50 , implicando em potencial de alta de 41,8% ante o fechamento de ontem
- Porém, o risco Brasil e de país emergente continuam sendo um “desafio óbvio” em um ambiente de taxas de juros crescentes
Luísa Laval – O Bank of America (BofA) elevou o preço-alvo das ações da Petrobras de R$ 40,50 (US$ 14,50 por ADR) para R$ 46,50 (US$ 16,50), implicando em potencial de alta de 41,8% ante o fechamento de ontem. Os analistas Frank McGann e Isabel Saffioti esperam que a empresa distribua dividendos trimestrais regulares de acordo com sua política de dividendos para pagar 60% do fluxo de caixa livre (FCF).
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“Elevamos nosso preço-alvo com base em estimativas mais altas. Reiteramos nossa recomendação de compra, dado o forte cenário do preço do petróleo e a avaliação ainda atraente, embora observemos o aumento de 42% nas ações nos últimos três meses”, escrevem em relatório.
Ainda assim, o banco ressalta que permanecem as preocupações relativas à incerteza relacionada à política energética (especialmente preços de gasolina e diesel) após a eleição presidencial de 22 de outubro e a retórica durante a própria campanha.
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Na opinião do BofA, mudanças no mercado downstream e movimentos para encontrar outras soluções (como alterações fiscais) podem limitar os riscos. Além disso, o alto FCF e rendimento do dividendo deve ajudar a apoiar a avaliação da empresa.
Porém, o risco Brasil e de país emergente continuam sendo um “desafio óbvio” em um ambiente de taxas de juros crescentes, especialmente se as tensões geopolíticas aumentarem, na visão do banco.
Para os resultados do quarto trimestre de 2021, os analistas estimam Ebitda de US$ 12 bilhões, liderado pelos resultados de upstream, auxiliados por um aumento anual de 78% do petróleo Brent. Os resultados de downstream devem ser mais mistos, bem acima do mesmo período do ano passado, dados os preços mais altos e a recuperação dos volumes, embora abaixo do 3tri21 devido aos maiores custos de matéria-prima.
O BofA espera que os resultados financeiros sejam impactados negativamente pelo Real mais fraco. O lucro líquido deve se beneficiar da venda de ativos, incluindo ganhos na venda da refinaria RLAM.
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