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- Para o Credit Suisse, o ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva é o candidato com as maiores chances de vitória nas eleições deste ano
- Na visão da instituição financeira, Lula deve implementar mudanças no mercado de trabalho, com vistas a promover proteção social e favorecer acordos coletivos. Também são esperadas a suspensão da agenda de privatizações e aumento de carga tributária
Para o Credit Suisse, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o candidato com as maiores chances de vitória nas eleições deste ano. Nos cenários traçados pelo banco suíço, o petista aparece com ampla vantagem frente aos principais adversários, como o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
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O relatório sobre a corrida eleitoral brasileira foi publicado na última quinta-feira (17) e aponta o que o mercado deve esperar de um terceiro mandato do fundador do Partido dos Trabalhadores.
Na visão da instituição financeira, Lula deve implementar mudanças no mercado de trabalho, com vistas a promover proteção social e favorecer acordos coletivos.
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A suspensão da agenda de privatização e concessões, além do aumento de carga tributária e participação das empresas estatais no mercado, são outras medidas que devem estar no radar dos investidore, caso a vitória se confirme. Na educação, saúde e meio ambiente, a prioridade seria reestruturar órgãos governamentais que foram modificados pelo atual governo.
Por outro lado, Bolsonaro seguiria uma postura oposta, prosseguindo com a agenda de privatizações e concessões, assim como flexibilização das regras trabalhistas e redução do uso de estatais.
“Alguns pontos, no entanto, tendem a convergir entre os dois candidatos: benefícios para reduzir a pobreza e a desigualdade de renda devem ser mantidos ou mesmo ampliados, e o quadro tributário deve ser alterado com a criação de um imposto sobre lucros e dividendos”, ressaltaram Solange Srour e Lucas Vilela, que assinam o relatório.
Mesmo com a ampliação dos benefícios sociais, o Credit Suisse acredita que nenhum dos candidatos será capaz de abandonar completamente a agenda fiscal. Até porque, caso o fizessem, o resultado seria uma recessão mais profunda do que a que deve ocorrer em 2022 – reduzindo, assim, o índice de aprovação do presidente e sua capacidade de governar.
No final, o banco suíço adverte que ainda há uma parcela importante do eleitorado indecisa. Tais votos podem ser crucial para definir a corrida eleitoral e, por isso, o avanço das pesquisas deve ser observado com atenção.
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