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- Guedes disse que "o governo já fez o que tinha que fazer" sobre a privatização da Eletrobras, e que não acredita que ela aconteça ainda no primeiro semestre
- Ele afirmou ainda que a privatização da Petrobras poderia ser tema para o programa de candidatura eleitoral do atual governo
O Ministro da Economia Paulo Guedes afirmou ter subestimado a “resistência do establishment” na implementação da agenda liberal ao longo dos três anos em que está no comando da pasta. “Eu imaginava que depois de 40 anos de estatismo, a situação seria outra”, disse o economista na segunda-feira (21), se referindo a força de um pensamento intervencionista no cenário brasileiro.
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Guedes participou do programa Direto ao Ponto, do grupo Jovem Pan, que contou com a participação da editora-chefe do E-Investidor, Valéria Bretas, além de Branca Nunes, diretora de redação da Revista Oeste, Luis Artur Nogueira, jornalista da Jovem Pan, e Tomé Abduch, comentarista político.
Sobre a dificuldade em realizar reformas durante a gestão, o ministro justificou citando a pandemia causada pelo coronavírus e o pouco tempo de governo. “A coisa ia relativamente bem, mas fomos atingidos pela pandemia”, alegou Guedes. “Reformas começaram a surgir, fiquei otimista, mas aí o Senado trava”, disse.
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“É patético ver as pessoas depois de um ano e meio de governo, em meio ao combate da pandemia, dizer que o modelo dos liberais não funcionou”, afirmou.
Sobre a privatização da Eletrobras, Guedes disse não acreditar que a estatal seja privatizada já no primeiro semestre, ao contrário do que tem dito membros da equipe econômica. Questionado pela jornalista do E-Investidor, ele disse acreditar que a empresa responsável pela geração de energia será privatizada, e espera que isso aconteça rápido.
Na última semana, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a primeira etapa da modelagem da estatal e tende a julgar a segunda etapa entre março e abril. “Agora é só a mecânica de privatização girar. Acreditamos que vá girar e vá acontecer. Gostaríamos que acontecesse o mais rápido possível. Não acreditamos que seja tão rápido, ainda no primeiro semestre”, respondeu o ministro.
O chefe da pasta econômica falou que espera ainda para este ano a privatização dos Correios, que aguarda parecer do Senado, além dos aeroportos de Gongonhas e o Santos Dumont e do Porto de Vitória e Porto de Santos.
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Ele afirmou ainda que a privatização da Petrobras poderia ser tema para o programa de candidatura eleitoral do atual governo. “Sabe aquilo que nós prometemos privatizar e foi muito difícil, vocês não deixaram? Se nós ganharmos essa eleição, nós não só vamos privatizar, como vamos dar ao povo o que é do povo”, disse. “Se nós vendermos, uma parte será para a erradicação da pobreza no Brasil.”
Questionado sobre a continuidade no ministério em uma eventual reeleição do presidente Jair Bolsonaro, o ministro disse que “enquanto tiver a confiança dele [Bolsonaro], estaremos juntos.”
*Com Estadão Conteúdo
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