O mercado de criptoativos demonstrou recuperação durante a manhã desta sexta-feira (25), mesmo com o avanço dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. O bitcoin, principal moeda digital, subiu cerca de 7%.
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A alta se refletiu em outros ativos do tipo. “Os investidores mais agressivos ou menos avesso ao risco viram uma oportunidade de compra de criptoativos por um bom preço. Esse movimento fez com que o preço voltasse a subir”, explica Ney Pimenta, CEO do Bitpreço.
No fim da manhã da última quinta-feira (24), quando o mundo acompanhava os primeiros conflitos entre os dois países do leste europeu, as criptomoedas apresentaram quedas, assim como os mercados acionários globais. Os analistas explicaram que os investidores estavam reduzindo suas posições em ativos de risco para aplicar em investimentos considerados mais seguros.
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No entanto, os principais ativos de criptos demonstraram recuperação ao longo desta sexta-feira (25). Por volta das 16h, o bitcoin estava sendo negociado a R$ 199 mil. O valor representa uma alta de 7% em relação ao mesmo horário desta quinta. Ethereum, Cardano e Solana também registraram ganhos de 6,8%, 5,6% e 3,6%, respectivamente.
Confira a variação das principais moedas
Moedas | Variação do preço das criptomoedas* |
Bitcoin (BTC) | 7% |
Solana (SOL) | 6,8% |
Ethereum (ETH) | 5,6% |
Cardano (ADA) | 3,6% |
Fonte: CoinMarket/*Variação referente ao período de 16h do dia 24/02/2022 até 16h do dia 25/02/2022 |
Além disso, Humberto Andrade, trader do Mercado Bitcoin, avalia que o agravamento do conflito já estava precificado nas cotações da última quinta. “O não envio de tropas americanas e o avanço rápido da Rússia, embora com sanções, faz o conflito não ter proporção maior quando comparada com uma possível ação entre as principais potências bélicas do mundo”, avalia Andrade.
Embora seja difícil projetar o que pode acontecer com a performance das criptomoedas, Felipe Veloso, economista e fundador da Cripto Mestre, analisa alguns cenários que podem beneficiar os ativos digitais.
De acordo com ele, caso a Rússia seja banida da Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift), a tendência é que as transações financeiras russas sejam feitas por bitcoin. “Se a Rússia sair do Swift, eles vão ter que utilizar o sistema paralelo financeiro, o que inclui utilizar criptomoedas porque as criptos não passam por esse sistema (o Swift)”, acredita Veloso.
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