O dólar escalou à máxima a R$ 5,0950 (+1,33%) no mercado à vista. O economista-chefe da J.F. Trust, Eduardo Velho, afirma que o ajuste de alta frente a moeda brasileira é determinado pela valorização global do dólar com a aversão a risco pela guerra na Ucrânia acelerando o aumento dos preços de commodities agrícolas e do petróleo.
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O economista avalia que a correção ante a divisa brasileira é relativamente contido, após fortes quedas acumuladas devido a expectativas de continuidade do fluxo de entrada de investidores estrangeiros por causa do diferencial de juros muito atrativo no Brasil e enquanto tiver pressão da guerra sobre commodities.
A intensidade do avanço do dólar no exterior hoje indica a necessidade de altas de juros maiores pelo Fed, tudo indica nas reuniões subsequentes a de 16 de março, inclusive porque o payroll de fevereiro veio forte.
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No CME Group, os investidores continuam a esperar na grande maioria (90%) que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleve os juros em 25 pontos-base, em 16 de março.
Hoje, como o resultado do PIB de 2021 veio sem grande surpresa, Eduardo Velho observa que prevalece a cautela e o fluxo de entrada estaria tendo uma interrupção, após fortes ingressos nas últimas sessões. Ele destacou a entrada de R$ 4,941 bilhões na B3 apenas na sessão de quarta-feira (2). No acumulado de 2022, o capital externo soma entrada de R$ 67,561 bilhões na B3.
Em fevereiro, o fluxo cambial total foi positivo em US$ 6,340 bi, sendo que o canal financeiro, por onde entra os recursos de investidores estrangeiros, apresentou entradas líquidas de US$ 3,347 bilhões no período.