- No meio da pandemia, com lojas fechadas, a única opção era o e-commerce. Todo mundo correu pra lá
- O Mercado Livre também teve seu valuation inflado na pandemia, pelo aumento das vendas online. Mas, ao contrário do Magalu, não tem lojas físicas
Em novembro de 2020, o Magazine Luiza chegou a valer R$ 165 bilhões. Estávamos no intervalo entre a primeira e a segunda onda da pandemia e o e-commerce estava em alta.
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Hoje, depois da quarta onda da covid-19, o Magalu vale R$ 40 bilhões, cerca de 24% daquilo que valia há 18 meses. É uma queda impressionante, assim como foi a ascensão.
O fato é que a empresa pode estar sofrendo do “efeito pendular”, onde situações extremas levam a efeitos extremos. Vou tentar explicar melhor.
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No meio da pandemia, com lojas fechadas, a única opção era o e-commerce. Todo mundo correu pra lá e, com isso, empresas como a Magazine Luiza e Mercado Livre tiveram crescimento exponencial de vendas.
Quando ficou claro que as coisas voltariam à normalidade e que o varejo físico ainda existiria, aquele crescimento incrível não manteve o ritmo e, em muitos casos, teve um retrocesso.
Então, a correção no valuation da empresa foi consequência desse movimento. Num momento, era tudo e-commerce. No outro, era tudo como estava. O pêndulo foi de uma extremidade à outra.
O Mercado Livre também teve seu valuation inflado na pandemia, pelo aumento das vendas on-line. Mas, ao contrário do Magalu, não tem lojas físicas. Então, o movimento do pêndulo foi menos agressivo.
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Tanto que hoje o Mercado Livre vale mais do que antes da pandemia, apesar de ter perdido 50% do seu valor de mercado atingido durante este período.
Em algum momento o pêndulo vai atingir seu “ponto ótimo” e indicar o valor exato das companhias depois desse turbilhão todo. Mas até lá, haverá muito ‘perde’ e ‘ganha’.
O segredo para uma empresa nesse cenário não é apenas sobreviver, mas transformar esse movimento no caminho para a próxima onda de crescimento e seguir se reinventando.
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