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- Banco Fibra Macro revisou a previsão da média do dólar em 2022 em R$ 5,06, uma queda expressiva em relação à estimativa anterior, de R$ 5,48.
- O CRB, índice que acompanha a evolução das principais commodities, apresenta alta de 11% desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
- Para analistas, Real deve manter-se depreciado em termos reais num ‘equilíbrio’ ruim associado à combinação de baixa taxa de crescimento do PIB potencial, baixa produtividade geral dos fatores e baixa taxa de poupança doméstica.
Nesta terça-feira (29), o Banco Fibra Macro revisou a estimativa sobre a evolução do câmbio brasileiro. A previsão atual dos analistas é de que a média do dólar em 2022 fique em R$ 5,06, uma queda expressiva em relação à estimativa anterior, de R$ 5,48.
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A alta de preços das commodities, classificada como “jamais vista” pelos analistas do banco, é apontada como responsável pela valorização da moeda brasileira. O CRB, índice que acompanha a evolução das principais commodities, reporta alta de 11% desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia e de 60% nos últimos doze meses. Entre os destaques estão o minério de ferro, que teve alta de 10,7% desde o início da guerra; o níquel, com alta de 32,4%; e o trigo, aumento de 13,1%.
De acordo com o relatório do banco, as moedas dos mercados emergentes exportadores de commodities tendem a ser novamente beneficiadas por esse novo boom de preços. Eles ainda apontam que o aumento de preços dos insumos também está por trás do forte fluxo de dólares para os mercados acionários dos principais. No entanto, entendem que a moeda brasileira deve continuar depreciada.
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“Vemos espaço para o Real menos desvalorizado nos próximos meses, pois julgamos que os determinantes do câmbio real de equilíbrio apontam para valorização da moeda. Entretanto, mantemos nosso cenário de que o Real deve manter-se depreciado em termos reais num ‘equilíbrio’ ruim associado à combinação de baixa taxa de crescimento do PIB potencial, baixa produtividade geral dos fatores e baixa taxa de poupança doméstica”, diz o banco.
A previsão para o final do ano é que o dólar não acompanhe a queda da última semana. A moeda americana encerrou o último pregão a R$ 4,77 e a previsão dos analistas do Fibra é que encerre 2022 valendo R$ 5. A estimativa anterior era de R$ 5,50.