- A TOP 10 é a Carteira Recomendada que oferece maior diversificação
- No acumulado de maio, até o dia 27, quase todos os ativos da sua composição registraram ganhos, em um movimento de reação contínua
A TOP 10 é nossa Carteira Recomendada que oferece maior diversificação, com composição mensal de 10 ativos, de diferentes setores. No acumulado de maio, até o dia 27, quase todos os ativos da sua composição registraram ganhos, em um movimento de reação contínua após a forte queda da bolsa em março.
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Para o mês de junho, optamos por realizar duas alterações na carteira, substituindo a as ações ON da RD (RADL3), as ON da JBS (JBSS3). Em seus lugares, incluímos as ações PN da Petrobras (PETR4) e as units da Klabin (KLBN11).
No caso da saída da RD, apesar de ser um segmento resiliente em meio a essa crise, vemos o atual valuation em um patamar “justo”, portanto vemos potencial de ganho limitado para o curto prazo. No caso da JBS, seguimos com visão positiva para o ativo, que inclusive segue em nossa Carteira Arrojada, portanto, a troca aqui busca apenas um reequilíbrio do portfólio.
Cesp | CESP6
A Cesp segue como uma das nossas principais recomendações no setor elétrico e destacamos que seus resultados devem ser resilientes mesmo em períodos de desaceleração da economia. Após a privatização da empresa, em 2018, a gestão vem se esforçando para melhorar seus resultados operacionais, reduzir custos e reverter alguns valores provisionados. Recentemente reduzimos as nossas estimativas para os preços da energia no longo prazo, para considerar a redução da demanda esperada em função dos impactos do coronavírus. Ainda assim vemos potencial de valorização para as ações no longo prazo.
Eletrobras | ELET6
Mesmo que o tema privatização tenha ficado em segundo plano neste curto prazo (uma vez que os Congressistas devem focar em medidas para combater os impactos do coronavírus), vemos as ações da Eletrobras em um patamar de preços atraente, especialmente para investidores de longo prazo. Vale destacar ainda que suas ações negociam com uma taxa interna de retorno implícita acima de títulos públicos de renda fixa de longo prazo. Indo adiante, seus resultados deverão ter menor impacto em relação a outros setores, mostrando uma certa resiliência mesmo em períodos de desaceleração econômica.
Itaú | ITUB4
Os bancos devem continuar a enfrentar condições de mercado desafiadoras nos próximos anos, com as margens com intermediação financeira pressionadas por taxas de juros mais baixas e receitas com tarifas desafiadas pela concorrência provavelmente mais acirrada. Os lucros dos bancos devem, portanto, crescer modestamente nos próximos anos, em média 3,5%. Entretanto, no momento atual com pandemia de Coronavírus, os bancos de grande porte podem ser agora os melhores candidatos para os investidores terem em seu portfólio nesta turbulência do mercado. A pior visibilidade e as crescentes incertezas econômicas devem reduzir o apetite por risco dos bancos, fazendo com que as margens com intermediação financeira diminuam mais gradualmente do que esperávamos anteriormente. Isso poderia amortecer qualquer pressão proveniente de uma possível deterioração da qualidade dos ativos (que não deveria ser material, em nossa opinião). Assim, as novas condições de mercado poderiam surpreendentemente liberar parte da pressão que estava pesando sobre os grandes bancos. Resultados mais resilientes nos próximos trimestres em comparação com outros nomes e setores poderiam ser suficientes para justificar uma mudança dos investidores para as ações dos bancos. Neste setor, a nossa preferência é pelo Itaú. Nos múltiplos atuais (1,5x Preço/Valor Patrimonial) e com potencial de valorização atraente, vemos o Itaú como um dos melhores nomes em nossa cobertura para enfrentar a turbulência do mercado.
Klabin | KLBN11
Klabin com Recomendação de Compra é o nosso nome preferido no setor de Papel e Celulose. A empresa, juntamente com a Suzano, são as mais beneficiadas por um Real (moeda) mais depreciado frente ao dólar em nossa cobertura. Dito isto, agora assumimos a paridade R$ 5,50/1US$ em nossos modelos, o que é mais próximo dos níveis spot recentes, e para cada depreciação do Real de 0,10 centavos o EBITDA e o FCL (Fluxo de Caixa Livre) da Klabin aumentam em R$ 140 milhões (3-4% do EBITDA) e R$ 85 milhões, respectivamente (+ 0,4% de rendimento do FCF). O negócio de embalagens de papel da Klabin representa 60% do EBITDA da empresa, com uma flexibilidade operacional muito sólida nas diferentes divisões. A empresa é capaz de mudar rapidamente a produção de kraftliner, sackraft (no lado do papel versus caixas de papelão ondulado e sacos industriais no lado da conversão), dependendo do mercado interno e da dinâmica do mercado de exportação para esses produtos. Também gostamos da divisão de papelão da empresa, com o consumo de alimentos e bebidas, bem como a demanda de embalagens de medicamentos sendo muito resilientes no ambiente atual. A Klabin possui uma sólida posição no balanço patrimonial. No 1T19, a Klabin possuía uma posição de liquidez de R$ 9,8 bilhões, além de ter 100% de seu projeto Puma II totalmente financiado por linhas de crédito que são retiradas ao longo da execução do projeto. A empresa deve ver os índices de alavancagem aumentarem, uma vez que a Klabin possui cerca de 80% de sua dívida em dólares americanos (incluindo swaps de dívida). No entanto, o aumento significativo no EBITDA e do FCL (fluxo de caixa livre) mais do que compensará o impacto pontual na dívida ao longo do tempo.
Lojas Americanas | LAME4
Temos recomendação de Compra para LAME4, pois esperamos que seja a menos impactada no curto prazo (muitas lojas estão abertas). É consenso que o crescimento tenha desacelerado em meados de março, quando começou o período de quarentena, mas as tendências se recuperaram desde então. Há indicações que a demanda por telefones celulares – uma importante categoria on-line – tem sido forte e até acelerada. Categorias relacionadas a quarentena, como mantimentos, produtos de limpeza, também tiveram forte crescimento. Até a categoria com a qual estávamos mais preocupados – aparelhos domésticos – continua apresentando bom desempenho. O mercado já começa a olhar além da crise e esperamos que os nomes do comércio eletrônico se recuperem (a Lojas Americanas detém uma participação de 62% na B2W). Nossos canais de informações setoriais, mostram que o comércio eletrônico está crescendo ainda fortemente entre categorias, incluindo itens caros / não essenciais, bem como nos itens de menor valor absoluto. O Covid-19 está reforçando as perspectivas de crescimento a longo prazo do comércio eletrônico.
Lojas Renner | LREN3
A Renner é amplamente vista como a empresa mais consistente em nosso universo de cobertura de varejo, devido ao seu forte histórico de execução, e acreditamos que essa será uma característica particularmente valiosa, uma vez que o esperado maior ingresso de fluxo de recursos de investidores no mercado de ações brasileiro busca nomes de menor risco. Apesar de estar com suas lojas físicas fechadas, a operação on line continua funcionado. Além disso, a empresa apresenta uma sólida posição financeira.
Magazine Luiza | MGLU3
O Magazine Luiza divulgou seu resultado do 1T20 recentemente e no geral, esse resultado mostrou que a empresa se posicionou como um dos principais vencedores da situação do Covid-19. Acreditamos que a qualidade do crescimento do comércio eletrônico da companhia merece destaque, pois está sendo impulsionado por maior frequência (usuários ativos mensais de até 21 milhões de 6 milhões no 1T19), entrega mais rápida (20% do GMV 3P enviado por Malha Luiza e Logbee) e crescimento em categorias “novas” (o site de cosméticos Época cresceu 150% em abril. A Netshoes também teve um bom desempenho e a categoria de higiene e cuidados pessoais é agora a maior categoria em número de pedidos). Isso nos deixa confiantes em nossa visão de que o Magazine Luiza será o principal vencedor em participação de mercado nos próximos anos, como destacamos em nossos relatórios anteriores. Vemos a queda nos lucros e os números abaixo das nossas expectativas como uma questão menos importante, devido ao progresso estratégico significativo que está sendo feito, ao forte balanço patrimonial (R$ 1,8 bilhão em caixa líquido, passando para R$ 3,8 bilhões, se incluirmos recebíveis de cartão de crédito) e à probabilidade de revisões de estimativas do consenso para cima do GMV.
Petrobras | PETR4
Pela análise fundamentalista, seguimos com recomendação de Compra para as ações da Petrobras e preço-alvo de R$ 29,00. Vale lembrar que a companhia já publicou seu balanço do 1T20, mostrando números operacionais sólidos, com destaque para o segmento de exploração e produção. No período, o Ebitda somou R$ 38,4 bilhões (crescimento de 49% no comparativo anual). Embora os resultados da Petrobras se deteriorem no 2T20 com o impacto total do Covid-19, esperamos que as ações da empresa reajam aos fundamentos globais de oferta e demanda e à curva de futuros do petróleo. Em relação à commodity, vemos um cenário de recuperação para os preços, considerando uma recuperação gradual da demanda, com a reabertura da atividade econômica dos países e com a redução da oferta pelos principais países produtores. O principal risco é o ambiente para precificar adequadamente o diesel se os preços do petróleo se aproximarem de US$ 45/boed. No entanto, se os preços do petróleo chegarem a esse nível, isso pode indicar um ambiente global mais saudável, com base na demanda, com moedas menos depreciadas em relação ao dólar.
Rumo | RAIL3
A Rumo é nosso nome preferido no setor de infraestrutura. A empresa possui geração resiliente de fluxo de caixa, uma vez que: i) as paralisações não afetaram as concessões ferroviárias e os terminais de exportações da Rumo; ii) um real mais fraco acelerou as exportações de soja. Além disso, o valuation é atrativo.
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Vemos os seguintes gatilhos positivos para a ação: i) o início da renovação da Malha Paulista (2T20), após assinatura do contrato de renovação, no final de maio; ii) volumes de milho acima do esperado no 2S20, e iii) maiores volumes da Ferroeste.
Sanepar | SAPR4
Reconhecemos que a empresa deve enfrentar um cenário desafiador no curto prazo, mas seu valuation os fundamentos justificam a escolha do ativo para a Carteira. As premissas atuais refletem quatro principais impactos no fluxo de caixa da companhia: i) aumento na provisão para devedores duvidosos; ii) maior necessidade de capital de giro (isto é, dias a receber); iii) aumento no custo da dívida; e (iv) os reguladores e governos tomarão medidas para preservar os consumidores, como, por exemplo adiamento do reajuste tarifário, o que não muda a nossa visão sobre o ativo. Ainda assim, vemos as units da Sanepar em patamar de preços atraente, e acreditamos que a empresa possui condições de atravessar esse período de incertezas. Mesmo assumindo que o reajuste anual da tarifa não ocorra, a Sanepar parece atraente sob as diversas métricas de avaliação, até mesmo pelo dividend yield na casa dos 5% para 2020/21.