- Na visão da executiva, ser rebelde no mundo corporativo significa enfrentar o 'status quo', principalmente ao que se refere à falta de diversidade de gênero e racial nas empresas
- A necessidade de criar um ambiente mais igual e acolhedor, em que as pessoas pudessem ser ‘elas mesmas’, foi um dos motivos que fez Gusmão investir na Warren
- Lançado em março de 2020, o fundo Warren Equals é composto por empresas que fazem parte do GEI - indicador da Bloomberg formado por companhias com bons indicadores em equidade
O que é rebeldia no mercado financeiro? Kelly Gusmão, co-fundadora e CPO da Warren, trouxe o tema para o primeiro dia da Gramado Summit, conferência de finanças, inovação e tecnologia. O evento acontece em Gramado (RS) e reúne grandes empresários do mercado financeiro, comunicação e marketing.
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Na visão da executiva, ser rebelde no mundo corporativo significa enfrentar o status quo, principalmente ao que se refere à falta de diversidade de gênero e racial nas empresas.
A necessidade de criar um ambiente mais igual e acolhedor, em que as pessoas pudessem ser ‘elas mesmas’, foi um dos motivos que fez Gusmão investir na Warren. Uma das formas de fazer diferente no mercado financeiro, foi criando veículos para aportes em companhias que levam a diversidade a sério.
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Lançado em março de 2020, o fundo Warren Equals é composto por empresas que fazem parte do GEI – indicador da Bloomberg formado por companhias com bons indicadores em equidade. A aplicação está com retorno de 42% no acumulado do ano passado, quando no mesmo período o Ibovespa caiu 11,9%.
Para Gusmão, essa é uma das provas que o modelo corporativo antigo, engessado e pouco diverso, não se sustenta mais. “A Warren é uma corretora que ajuda as pessoas a realizarem os seus sonhos. A única do Brasil sem conflito de interesse”, afirma Gusmão. “Nascemos com intuito de fazer diferente e bater de frente com grandes bancos e corretoras”, diz.
Rebelde com causa
Gusmão se auto intitula uma ‘rebelde com causa’. Nascida em Uruguaiana (RS), viu o patrimônio da sua família, de classe média, ruir com o passar do tempo.
“Fiquei totalmente obcecada por independência financeira”, conta. “Vi meu pai e minha mãe fazerem empréstimos para mantermos o padrão de classe média do interior. Tive muitos exemplos do que não fazer com o dinheiro”, destaca.
Se ‘rebelar’ a respeito da situação financeira familiar foi um dos impulsionadores para a executiva cursar administração de empresas. O caminho para o mercado financeiro não foi fácil, mas Gusmão seguiu rebelde.
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“Fui trabalhar no mercado financeiro americano, que é brutal, quando eu tinha 25 anos. Não me vitimizo, foi essencial para eu chegar onde estou, foi essencial para eu aceitar falar nesse evento”, diz.
Agora, sendo uma mulher à frente de uma corretora, tenta trazer profissionais diversos para a companhia. “Quero que as pessoas não precisem ter medo de ser quem elas são”, conclui.