No exterior, a segunda-feira foi de apetite por risco. As bolsas europeias e americanas encerraram o pregão em alta. Em semana marcada por expectativa pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) e pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA, a visão mais otimista foi amparada pela divulgação de dados econômicos na China na madrugada. O índice de gerentes de compras (PMI) chinês mostrou uma recuperação na margem, subindo de 37,2 em abril para 42,2 pontos em maio, indicando que o relaxamento nas restrições impostas por causa dos novos casos de covid-19 no país já está surtindo efeito na economia.
No mercado de commodities, os contratos futuros de petróleo fecharam em queda, após a notícia de que os Estados Unidos estudam permitir a venda de óleo venezuelano à Europa. Já no Brasil, o CAGED acima do esperado (criação de cerca de 197 mil postos de trabalho em abril vs. expectativa de 170 mil) e os dados de atividade na China não foram capazes de sustentar o Ibovespa no campo positivo. O sentimento de cautela prevaleceu nos mercados locais desde o período da manhã, com os ativos mais sensíveis ao noticiário doméstico.
Sem uma definição para a questão dos combustíveis, os investidores voltaram a ponderar o lado fiscal à medida que se aproxima nova reunião do Copom, na próxima semana, e o calendário eleitoral começa a ganhar dinamismo. Assim, ao final do pregão, o Ibovespa era negociado aos 110.186 pontos, com queda de 0,82% e giro financeiro de R$ 17 bilhões.
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Em dia de alta do índice DXY (dólar contra uma cesta de moedas), o dólar vs. real fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 4,80. Os juros futuros fecharam a sessão regular em alta, em meio às incertezas fiscais, câmbio pressionado e alta no rendimento dos treasuries. Na agenda desta terça-feira, destaque para os dados de encomenda à indústria na Alemanha e para o PIB do Japão.