(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) – O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, recuou hoje, com investidores atentos a vários indicadores, nos Estados Unidos e na Europa. Além disso, o peso argentino esteve em foco, após a mudança no gabinete de governo ontem, quando também houve alta de juros pelo Banco Central da República Argentina (BCRA).
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 133,30 ienes, o euro subia a US$ 1,0217 e a libra tinha alta a US$ 1,2171. O DXY caiu 0,42%, a 105,903 pontos, com recuo de 0,77% na comparação semanal.
O índice DXY recuava nas primeiras horas do dia, após dados da Europa. Na zona do euro, houve crescimento econômico de 0,7% no segundo trimestre ante o primeiro, acima do esperado, e na França e na Itália resultados do Produto Interno Bruto (PIB) também superaram a previsão, nas leituras preliminares, com o dado da Alemanha um pouco abaixo do previsto.
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Mas o dólar chegou a recuperar perdas no dia, após o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês). O núcleo da medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ficou um pouco acima do esperado, o que reforça apostas de que o Fed terá de manter o aperto monetário para conter a inflação. O Citi comentou que o índice de custo do emprego também apontou para quadro de pressão sobre os preços ainda existente nos EUA.
Mais adiante, porém, o DXY voltou a perder força. Segundo a Capital Economics, a moeda americana foi pressionada pela expectativa nos mercados de que o Fed será menos agressivo em suas altas de juros mais adiante. A mesma consultoria ainda comentava, em outro relatório, que deixou de avaliar que o iene cairá mais, acreditando agora que a moeda japonesa tende a estender um pouco dos ganhos recentes.
Entre moedas emergentes, o dólar avançava a 131,3007 pesos argentinos, no horário citado. No câmbio paralelo, o chamado dólar blue caía mais de 5%, a 296 pesos. O mercado reagia à alta de juros anunciada ontem pelo BC local e também à mudança no gabinete de governo, com Sergio Massa como “superministro”, incorporando também a pasta da Economia. Para o Wells Fargo, a troca no governo aumenta as chances de o país cumprir o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas esse banco projeta desvalorização do peso ao longo deste ano.
O dólar ainda avançava a 20,4080 pesos mexicanos. O PIB do México cresceu 1,0% no segundo trimestre ante o anterior, acima do esperado por alguns analistas. A Capital Economics, porém, projetava perda de fôlego para a economia local, ao longo deste segundo semestre.
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