A sessão desta terça-feira é marcada, por ora, por oscilações modestas para os ativos domésticos, com os investidores ponderando o conteúdo da ata da última reunião do Copom, que consolidou entre os investidores a percepção de que o ciclo de aperto monetário está muito próximo do fim. O documento, em geral, reforçou a mensagem do comunicado da última quarta-feira, mas também forneceu mais detalhes sobre como a autoridade monetária pretende conduzir as taxas de juros nos próximos trimestres para permitir a convergência da inflação em torno da meta no horizonte temporal relevante, bem como manter ancoradas as expectativas de inflação a mais longo prazo.
A princípio, o fato de manter a Selic em 13,75% ao ano ou aumentá-la em mais 0,25 pp na próxima reunião não é a informação mais relevante a ser observada no momento, mas sim por quanto tempo essa taxa será mantida. Nossa visão atual aqui na Ágora Investimento é de que as taxas de juros só começarão a ser cortadas em meados de 2023, mas há riscos de ambos os lados para a inflação que podem mudar o ponto de partida dessa queda.
Em meio a essas incertezas domésticas e o sinal negativo dos índices acionários em Nova York, o Ibovespa não encontrou um terreno fértil para avançar na primeira parte da sessão de hoje e, por volta das 14h15, recuava 0,25% aos 108.221 pontos – com giro financeiro projetado de R$ 25,5 bilhões. No câmbio, o dólar avançava 0,40%, ao R$ 5,13.
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Na frente corporativa, reagindo à divulgação dos resultados e a revisão (para cima) nas orientações para o mercado, as ações do Itaú (ITUB4) lideravam os ganhos do Ibovespa, enquanto CVC (CVCB3) e Natura&CO (NTCO3) eram as maiores perdas do índice neste início de tarde.
