(Eduardo Laguna e Cicero Cotrim, Estadão Conteúdo) – O ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida acredita que os reflexos do aperto monetário na atividade devem ser percebidos mais claramente a partir do último trimestre de 2022, levando a um crescimento baixo da economia no ano que vem.
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Por outro lado, ele disse que, com a taxa de juros terminando o ano que vem em 10,5%, o que significa um juro real ainda alto, a tendência é a inflação convergir para a meta.
“No último trimestre, a política monetária começa a fazer efeito mais claro. O crescimento do ano que vem deve ser baixo por política monetária funcionar”, afirmou Mansueto, que é economista-chefe do BTG Pactual, durante o Macro Day 2022, evento promovido pelo banco.
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O ex-secretário do Tesouro destacou que o ambiente é de elevada incerteza, dada a indefinição, independentemente do resultado das eleições, sobre qual será a regra fiscal a partir de janeiro. A avaliação dele é que, com a dívida novamente em alta a partir de 2023, seria importante o País preservar um limite aos gastos, bem como a meta ao resultado das contas primárias. “Gostava muito do teto de gastos. Ainda é uma regra necessária por o país ter dívida alta”, disse Mansueto
“Não sabemos se o mercado vai acreditar em regra que só tem resultados no longo prazo”, complementou o ex-secretário, acrescentando que o governo deve voltar a apresentar déficit fiscal expressivo se os pagamentos de programas sociais atuais forem mantidos.