Os mercados internacionais buscam alguma recuperação nesta manhã de quinta-feira (25) e esse maior apetite por risco faz com que os índices futuros em Nova York e as bolsas europeias exibam ganhos, ainda em meio à espera pela ata do Banco Central Europeu (BCE) e o início do simpósio do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em Jackson Hole, sobretudo pelo discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, amanhã.
Além disso, o crescimento da economia da Alemanha no segundo trimestre acima do previsto, junto com outros dados favoráveis no bloco, animam os investidores agora cedo.
A este cenário soma-se a alta moderada dos contratos futuros do petróleo, ampliando os ganhos das duas sessões anteriores, com o mercado antecipando a possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortar sua produção e de potências econômicas conseguirem reavivar o acordo nuclear com o Irã.
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Enquanto isso, o índice DXY, que mede as variações do dólar frente a outras seis dividas, recua.
Esse ambiente externo deve ajudar o Ibovespa, ampliando a valorização na semana (que já acumula ganhos de 1,26%). A reoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 109 produtos, elevando o número de itens para 170, embora possa ser lida como uma medida de desestímulo ao consumo, traz algum alívio à arrecadação federal e pode dar sequência ao movimento de ajustes (negativos) ao longo de toda a curva futura de juros – com impacto contrário esperado nos demais ativos de risco hoje.
Agenda econômica (25/08)
Brasil: Dia de poucos direcionadores econômicos. O Tesouro faz leilão de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F), pela manhã (11h), e à exemplo da semana passada pode ajudar a retirar mais prêmios da curva de juros – especialmente nos vencimentos intermediários e longos.
EUA: Além do início do simpósio anual do Fed, a agenda conta com a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre (9h30).
Europa: A ata da última reunião monetária do BCE é o destaque da manhã (8h30). Mais cedo, a Destatis informou que a economia alemã cresceu modestamente no segundo trimestre, superando as expectativas de estagnação em meio à alta inflação e incertezas decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia. De acordo com uma segunda estimativa para o período, o PIB do país cresceu 0,1% em relação ao período anterior. Além disso, o índice de sentimento das empresas alemãs caiu marginalmente entre julho e agosto, de 88,7 a 88,5 pontos, segundo o instituto alemão Ifo, mas apesar de negativo o resultado superou as expectativas.
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